MADRI, 09 fev. 22 / 03:25 pm (ACI).- Em meio a apelos para abandonar o celibato sacerdotal, como o documento aprovado pelo Caminho SInodal Alemão, o padre espanhol Francisco Javier “Patxi” Bronchalo explicou no Twitter: "Por que nós, padres, não nos casamos".
Para Bronchalo, da diocese de Getafe, “às vezes, por trás de padres, bispos e cardeais que pedem isso, também pode haver feridas pessoais na experiência de seu sacerdócio. Eu digo ‘pode’, não afirmo categoricamente.”
“Uma pergunta para que vocês me entendam: o que vocês acham (que) demonstra um homem casado que se dedica mais a falar sobre as novas formas matrimoniais que a Igreja teria que aceitar em vez de falar da beleza de sua própria vida matrimonial?”
Siempre vuelve a ponerse en el foco mediático eclesial la petición de que haya una renovación de la visión del sacerdocio en la Iglesia que permita que hombres casados puedan ser sacerdotes.
¿Has pensado alguna vez por qué los curas no nos casamos?#HiloVa 🧵👇
— Patxi Bronchalo ن (@PatxiBronchalo) February 7, 2022
Além disso, lamentou, “há pessoas que pedem o fim do celibato para nós dizendo que não nos deixaram escolher, isso é falso”.
“Claro que nos deixaram escolher. Ao receber a ordenação, dissemos sim ao celibato livremente, já sabíamos que é parte essencial do sacerdócio”, destacou.
"E eu digo 'essencial' porque para entender o celibato na Igreja é preciso perceber que está no núcleo do que significa ser sacerdotes. O celibato não é um acréscimo nem um complemento para retirar e colocar de acordo com os tempos”.
“O que está no núcleo da vida dos esposos? A entrega conjugal. O aprender a se amar na doação da própria vida um pelo outro, no plano físico, psíquico e espiritual”, disse.
Padre Bronchalo recordou que são Paulo, na Carta aos Efésios, “exorta os maridos a amarem suas esposas 'como Cristo ama sua Igreja'. E como Cristo ama sua Igreja? Dando sua vida por ela, todo seu sangue, para que ela viva”.
Lo segundo que diré es que en ocasiones detrás de sacerdotes, obispos y cardenales que piden esto puede haber también heridas personales dentro de la vivencia su sacerdocio. Digo “puede”, no afirmo tajantemente.
Una pregunta para que me entendáis. 👇
— Patxi Bronchalo ن (@PatxiBronchalo) February 7, 2022
“A chave para entender o celibato é que os padres também somos esposos. De quem? Da Igreja”, destacou.
O padre espanhol destacou que “como todos os homens, também carregamos no coração o desejo de nos entregar, de cuidar, de guiar, de sustentar e de dar vida. Temos um coração esposos”.
"Como bons esposos, queremos amar só uma mulher e amá-la durante toda nossa vida", disse ele.
“Essa mulher é a Igreja, por ela nos entregamos, dela cuidamos, apoiamos e orientamos, por ela damos a vida, a defendemos e não tentamos a mudar e a modelar à nossa medida”, acrescentou.
De hecho la Carta a los Efesios exhorta a los esposos a amar a sus mujeres “como Cristo ama a su Iglesia”.
¿Y cómo ama Cristo a su Iglesia? Dando la vida por ella, toda su sangre, para que ella viva.
Dar la vida engendra vida. 👇
— Patxi Bronchalo ن (@PatxiBronchalo) February 7, 2022
Padre Bronchalo destacou que “o celibato é muito mais do que uma tradição antiga, ou uma norma disciplinar, ou uma questão de exigência prática. Aqueles que querem mudar se apegam a essas coisas”.
“O celibato é uma questão de esponsalidade. Somos esposos, não solteirões, nem funcionários”, enfatizou.
"O sacerdote é 'outro Cristo'. Amamos a mulher Igreja com coração de homem. Esta é a razão pela qual é reservado para os homens. Também por isso não é para homens que apresentam tendências homossexuais arraigadas, o que é tratado com muita delicadeza na Igreja”, explicou.
El sacerdote es “otro Cristo”. Amamos con corazón de hombre a la Iglesia mujer. Este es el motivo por el cual está reservado a hombres. También por lo que no sea para hombres que manifiesten tendencias homosexuales arraigadas, lo cual es tratado con mucha delicadeza en la Iglesia
— Patxi Bronchalo ن (@PatxiBronchalo) February 7, 2022
Ao finalizar a sua reflexão, padre Bronchalo pediu aos leigos que não vejam os sacerdotes "como mais um trabalhador que presta um serviço, mas como esposos que dão a vida todos os dias".
Confira também:
Caminho Sinodal Alemão quer mudança no catecismo para aceitar homossexualidade https://t.co/ZruZOFJ1Qw
— ACI Digital (@acidigital) February 8, 2022
Etiquetas: sacerdotes, Sacerdócio, celibato sacerdotal, padres