A organização espanhola Profissionais pela ética, denunciou que com a aprovação da Lei de Reprodução Humana Assistida (LRHA) serão selecionados os "embriões saudáveis ou o embrião mais útil, o que poderia chamar-se ‘produção à la carte de bebês".

Para Profissionais pela ética, a LRHA fará com que "a partir de agora se poderá selecionar que um embrião acabe nascendo ou que seja destruído, quer dizer, que matem um ser humano em seu primeiro estágio, ou que façam pesquisas com ele".

"Profissionais pela Ética –dizem em um comunicado– afirma que a mencionada lei é contrária à dignidade humana" e citam José Agudo, secretário da instituição, que questiona "Onde está a ética de nossos políticos? Desde quando o fim justifica os meios? A dignidade de toda pessoa deve ser tratada como um fim em si mesmo, não como uma coisa. E o embrião também possui esta dignidade".

Agudo também destaca que "só conseguiram resultados positivos com células-tronco adultas"; e das células-tronco embrionárias não obtiveram nenhum sucesso". Por tal razão, opina que deveria priorizar as pesquisas científicas com células-tronco adultas, pois além disso, não acarretam nenhum problema ético.

"O uso terapêutico de células-tronco obtidas do sangue do cordão umbilical pode ser uma técnica que salve milhares de vidas, já que constitui uma fonte de células que podem ser conseguidas sem nenhum risco para a saúde da mãe ou do filho. Além disso, a possibilidade de rejeição depois do transplante é menor do que com outro tipo de células-tronco", conclui.