Na terça-feira, diversos meios de comunicação afirmaram que a Igreja tem um "documento secreto" para os casos de sacerdotes que tenham filhos, no entanto, as declarações originais do porta-voz da Santa Sé, Alessandro Gisotti, indicam que se trata de diretrizes para uso interno para assegurar que o sacerdote que descumprir o voto de celibato "assuma suas responsabilidades" com o menor.

No dia 19 de fevereiro, vários meios de comunicação comentaram sobre a notícia publicada na segunda-feira por ‘The New York Times’ intitulada "As regras secretas do Vaticano para os sacerdotes que têm filhos", que relata o caso de uma pessoa que aos 28 anos descobriu que seu verdadeiro pai é um sacerdote.

No entanto, em suas declarações à imprensa dos Estados Unidos, o diretor interino da Santa Sé, Alessandro Gisotti, não mencionou a frase "regras secretas", mas diretrizes de uso interno para lidar com esses casos.

"Posso confirmar que essas diretrizes existem; trata-se de um documento interno, que resume a prática formada ao longo dos últimos anos na Congregação e não se destina à publicação", disse Gisotti.

O porta-voz vaticano acrescentou que "o princípio fundamental que anima estas linhas é a proteção da criança. Para isso, o documento ordinariamente pede que o sacerdote apresente uma solicitação de dispensa das obrigações do estado clerical e, como leigo, assuma suas responsabilidades de pai dedicando-se exclusivamente ao filho”.

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