Após participar com o Papa Francisco na santa Missa pela solenidade de São Pedro e São Paulo, o Arcebispo de Passo Fundo (RS), Dom Rodolfo Weber – que recebeu o Pálio na ocasião –, observou que além da humildade, a reverência litúrgica é uma marca ministério de Francisco. “O Papa faz as pessoas rezarem”, expressou.

Dom Rodolfo Weber assumiu a Arquidiocese de Passo Fundo no dia 24 de janeiro deste ano e, no último 29 de junho, esteve no Vaticano para receber o Pálio das mãos do Pontífice, juntamente com Arcebispos de todo o mundo entre os quais os brasileiros Dom Roque Paloschi, de Porto Velho (RO), Dom Zanoni Demettino Castro, de Feira de Santana (BA), e Dom Darci José Nicioli, de Diamantina (MG).

Depois de encontrar pela primeira vez pessoalmente o Sumo Pontífice, Dom Weber ressaltou em um artigo “uma qualidade do Papa Francisco da qual não se fala muito, que é a maneira como preside a Santa Eucaristia”.

“Do começo ao final da celebração, a sua postura é a de estar totalmente centrado naquilo que está fazendo”, observou. De acordo com o Prelado, “como a liturgia católica deve ser bela, sóbria e harmônica, simultaneamente”, Francisco “faz muito bem esta parte”.

O Santo Padre “exerce este ministério com simplicidade e naturalidade”. “A homilia – acrescentou – é feita em linguagem direta e clara, permitindo que seja assimilada com facilidade. Ele vive intensamente cada momento, cada rito e cada palavra”.

“Estes ritos visíveis e sensíveis conduzem as pessoas para aquilo que não é visível, isto é, a Deus. Ele faz as pessoas rezarem”, completou o Arcebispo.

Além disso, Dom Weber sublinhou a humildade do Pontífice, que antes da Missa, “cumprimentou individualmente a cada um dos novos arcebispos”.

“Acolheu-nos com seu sorriso cativante, deixando todos muito a vontade na sua presença”, recordou, sublinhando que “a sua autoridade de sucessor de São Pedro não é motivo para causar distância, mas é a autoridade do bom pastor que acolhe e quer ter presente junto a si os que lhe foram confiados, também aqueles que ele escolheu para serem arcebispos”.

Para o Arcebispo de Passo Fundo, em uma “solenidade tão grande, onde tudo é planejado nos mínimos detalhes, as pessoas que exercem qualquer função são devidamente preparadas e os vários corais e instrumentistas ensaiam cada compasso”, tudo “poderia ser uma ostentação”.

Porém, ressaltou, “as vestes litúrgicas que Francisco usa são belas e sóbrias e a sua postura é a de quem faz parte da celebração, não chamando a atenção sobre ele, mas sobre o que está sendo celebrado”.

Esta humildade de Francisco, segundo Dom Weber não passa a impressão de fraqueza como poderia parecer. Ao contrário, trata-se de uma “liderança humilde”, de “alguém que tem posicionamentos claros, transmite segurança e confiança e, acima de tudo, desafia e provoca as pessoas por ele lideradas”.

“Os católicos têm em Francisco um grande líder que conduz com sabedoria e espírito de serviço a Igreja. Fala com palavras, com gestos e com o seu testemunho”, acrescentou o Arcebispo, para quem o Pontífice “é um exemplo de líder para todas as pessoas, especialmente às lideranças religiosas e civis”.

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