O Venerável Nicola d’Onofrio nasceu em Bucchianico - Villamagna, Diocese de Chieti, na Itália, no dia 24 de março de 1943 e morreu em 1962 aos 21 anos, um ano depois de fazer os votos na ordem fundada por São Camilo de Lélis. “Camillo e Nicola compartilham não só as raízes locais na região dos Abruzzi, ambos nasceram em Bucchianico - Villamagna, mas também o forte desejo de dar a vida segundo o evangelho do bom samaritano”, disse o padre Walter Vinci, postulador da causa de beatificação de Nicola D’Onofrio à ACI Stampa, serviço em italiano do grupo ACI.

Vinci diz que, desde a juventude, a vida de Onofrio esteve entrelaçada com a deste “gigante da caridade cristã” que foi São Camillo. “Nicola ficou fascinado pela cruz vermelha na batina preta dos padres. Uma imagem que guiará os sonhos de um adolescente a ponto de optar por consagrar sua vida a Deus segundo o carisma camiliano, vencendo até mesmo a oposição da família”.

Apesar do desejo de passar a vida servindo os doentes como São Camilo, Onofrio tornou-se um deles. Aos 21 anos teve um tumor maligno na bexiga, recebendo com grande serenidade o diagnóstico. Desde então, ofereceu a Deus seus sofrimentos sem jamais perder a alegria.

“A doença é uma etapa fundamental na vida de Nicolino, que a vive sem agitação e sem queixas. Era um jovem calmo e preocupava-se sobretudo com a mãe”, diz o padre Vinci.

Ele conta que Nicolino recitou certa vez: “Senhor, Senhor, eu não aguento mais, minha mãe chorou entre soluços. Jesus, por que você não vem me buscar? Não espere mais... Veja Jesus, estou pronto, venha e me leve. Eu te amo, Jesus, sabe? Você não vê o quanto eu te amo? Venha me buscar, Jesus, me ajude!"

O jovem dizia aos seus companheiro que as dores eram suas “companheiras de viagem” e mesmo no sofrimento, não cessava de sorrir aos que o visitavam.

“O sorriso, que sempre caracterizou a vida de Nicolino, é o leitmotiv da sua fama de santidade que tem caracterizado tanto o período de doença como o nosso quotidiano”, disse o postulador.

O papa Francisco reconheceu o exercício heroico das virtudes de Nicolino em 5 de julho de 2013 e segundo padre Vinci, a Congregação para a Causa dos Santos está estudando um suposto milagre.

Falando sobre a mensagem que o Venerável Nicolino deixa para os jovens, o sacerdote indicou: “Nicolino não é o santo que desejamos tornar heroico para apresentá-lo como testemunha e modelo aos jovens de hoje. É o seu cotidiano que irrompe em nossa história como um modelo a seguir. O seu sorriso quotidiano é a mensagem que Nicolino quer deixar aos jovens de hoje e de amanhã: devemos viver do céu, viver de Deus”.

“Nicolino nada mais é que uma imagem de Deus contemplada verticalmente: uma humanidade que penetra o céu, mas é vivida na Terra. Aqui reside a santidade de Nicolino”, concluiu.

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