Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, respondeu ao arcebispo de San Francisco, dom Salvatore Cordileone, depois que ele a proibiu de comungar por causa do apoio público e irrestrito dela ao aborto.

No programa Morning Joe da rede de TV americana MSNBC, Pelosi disse ontem (24) que vem de uma “família amplamente pró-vida, ítalo-americana e católica, por isso respeito as opiniões dos outros sobre isso, mas não respeito que seja imposta aos outros”.

Nancy Pelosi disse que dom Cordileone também teria se “oposto veementemente aos direitos LGBTQ” (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer), algo que ela considerou “não coerente com o Evangelho de Mateus”. O Catecismo da igreja Católica diz: “Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves a Tradição sempre declarou que «os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados». São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados”.

“E o importante é que as mulheres e as famílias saibam que não se trata apenas de pôr fim a uma gravidez”, acrescentou a líder democrata, dizendo que “as mesmas pessoas que são contra a contracepção, o planejamento familiar e a fertilização in vitro” também “usam o aborto como ponta de lança e tentam desfazer muitas coisas.”

A Igreja Católica rejeita a contracepção, a fertilização in vitro e o aborto como graves ofensas à vida. Em várias ocasiões, o papa Francisco comparou o aborto a contratar um assassino de aluguel para acabar com um problema.

Na sexta-feira (20), dom Salvatore Cordileone, arcebispo de San Francisco, EUA, proibiu Pelosi de comungar. “Depois de numerosas tentativas de falar com ela para ajudá-la a entender o grave mal que ela está cometendo, o escândalo que ela está causando e o perigo para sua própria alma que ela está correndo, decidi que chegou o ponto no qual eu devo fazer uma declaração pública de que ela não deve ser aceita na Sagrada Comunhão", escreveu Cordileone.

O arcebispo disse que, para que esta decisão seja anulada, Nancy Pelosi deve "repudiar publicamente seu apoio aos ‘direitos’ ao aborto, se confesse e receba a absolvição por sua colaboração nesse mal no sacramento da Penitência".

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