Os Museus Vaticanos estão se preparando para reabrir gradualmente ao público após o fechamento de suas portas desde 9 de março, causado pela pandemia de coronavírus, Covid-19.

Assim informou o secretário-geral do Governatorado do Vaticano, Dom Fernando Vérgez Alzaga, em entrevista ao Vatican News.

“Temos uma grande necessidade de trabalhar na realidade concreta, sem esquecer que as pessoas são os protagonistas que dão vida aos Museus Vaticanos e que a experiência real do Museu dá vida às pessoas”, refletiu Dom Vérgez depois de afirmar que as visitas virtuais também podem ser aprimoradas.

No entanto, o Secretário-Geral do Governatorado do Vaticano acrescentou que "o virtual jamais poderá substituir a realidade, pois, para dar valor à arte são necessários olhos e coração".

Nesse sentido, os Museus Vaticanos reabrirão junto com o restante dos museus da Itália, mas isso acontecerá com diferentes condições, entre elas, será obrigatório o uso de máscara, a entrada será mediante reserva antecipada e serão evitados grupos grandes.

"Fechamos as portas ao público, cientes de que a salvaguarda da saúde vem em primeiro lugar", destacou Dom Vérgez, que acrescentou que durante esse período de fechamento do público, "decidimos realizar apenas as atividades que considerávamos mais essenciais, para as quais contamos apenas com cerca de trinta funcionários ao dia. Uma porcentagem muito baixa se considerarmos que a grande família de funcionários e colaboradores dos Museus é composta por quase mil pessoas, incluindo guardiões, historiadores de arte, restauradores, equipe administrativa e as várias empresas de serviços”.

Além disso, o Secretário-Geral do Governatorado do Vaticano lembrou que no site dos Museus Vaticanos é possível visitar "virtualmente" os Museus, incluindo a Capela Sistina.

Reabertura gradual

Por fim, o prelado disse que para possibilitar a próxima reabertura ao público “estamos ultimando a instalação de alguns “scanners térmicos” para detectar a temperatura corpórea”, além disso, não será possível acessar sem ter reservado os bilhetes antecipadamente, para “para favorecer uma entrada organizada durante o horário de funcionamento".

"Por muito tempo, não será possível receber grandes grupos", por isso serão reduzidos os números de membros de cada grupo, porque, caso contrário, "seria incontrolável" e concluiu que "será necessário ter muita paciência, enquanto as coisas não melhorarem, mas tentaremos fazer o melhor possível em todos os aspectos”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

Confira também: