Há um ano, em 15 de agosto de 2017, a queda de uma árvore durante a festa de Nossa Senhora do Monte, na Ilha da Madeira (Portugal), deixando vítimas mortais e feridos, os quais foram recordados pelo Bispo do Funchal, Dom António Carrilho, ao celebrar a Missa da padroeira na última quarta-feira.

“A nossa vinda ao Monte é na verdade uma peregrinação, e é próprio de quem peregrina estar sempre em saída, disposto a acolher os acontecimentos, mesmo quando têm marca da dor e do sofrimento, como aquele que no ano passado, neste mesmo dia de festa, fez 13 vítimas mortais e muitos feridos”, recordou o Prelado durante sua homilia.

A queda de um carvalho de grande porte em 15 de agosto de 2017 se deu em meio à festa de Nossa Senhora do Monte, uma das festividades religiosas mais importantes da Madeira. Na ocasião, os fiéis aguardavam a saída da procissão. O acidente deixou dezenas de feridos e 13 pessoas faleceram, das quais uma era da França e outra da Hungria.

Em sua homilia na última quarta-feira, Dom Carrilho assinalou que “é grande a dor das famílias que perderam os seus familiares, mas o respeito pela dor dois outros e a proximidade junto dos que sofrem são, para nós, a marca do Evangelho que vivemos”.

“É, sobretudo, uma maneira de seguir Jesus que nos une especialmente à sua paixão e morte e que nos abre à esperança da ressurreição”, indicou.

O Prelado afirmou que “não podemos refazer a história e evitar os seus momentos dolorosos, mas toda a realidade exige sempre da nossa parte uma atitude que, em vez de ser de mera resignação ou de revolta, pode e deve ser de abertura à esperança e de compromisso com a vida”.

“A ressurreição de Jesus e a Assunção de Nossa Senhora ao Céu, que hoje celebramos, convida-nos a viver como peregrinos desta esperança”, acrescentou.

Além de recordar o drama das famílias cujos entes queridos faleceram na tragédia, o Bispo do Funchal também ressaltou “a entreajuda e a partilha de sentimentos que se gerou no meio da dor e do sofrimento”.

Assim, exortou a rezar “por todos os que partiram de forma tão trágica há um ano, pelos feridos e também pelos seus familiares e todos aqueles que, presentes no Largo da Fonte, guardam a memória de tão triste acontecimento”.

Também durante procissão de Nossa Senhora do Monte, foi feito um momento em memória das vítimas, quando pararam por uns instantes no local da tragédia, no Largo da Fonte, para um momento de oração e silêncio.

Como explicou Dom Carrilho anteriormente, no local foram deixados “alguns ramos de flores como expressão da nossa homenagem, da nossa comunhão e esperando na vida eterna”.

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