Hugo Leonardo Avendaño Chávez, um jovem estudante da Universidade Intercontinental, na Cidade do México, pensava em voltar para o seminário e retomar a sua vocação sacerdotal, mas foi assassinado por sequestradores e seu corpo foi encontrado no dia 13 de junho.

Hugo Leonardo, de 29 anos, foi sequestrado em 11 de junho por volta das 23h. Seu corpo foi encontrado com sinais de tortura no município de Tlalpan, ao sul da capital mexicana.

Este crime ocorre menos de uma semana após o sequestro e assassinato de Norberto Ronquillo Hernández, jovem estudante da Universidade de Pedregal, também na Cidade do México.

Diante de várias informações confusas dos meios locais, Marilú Esponda, Diretora de Comunicação da Arquidiocese do México, indicou ao Grupo ACI que Hugo Leonardo "foi seminarista com os Scalabrinianos (Missionários de São Carlos), mas que já não era seminarista desde 2013".

Ao completar os estudos de mestrado na universidade, Hugo Leonardo tinha pensado em retomar seus estudos no seminário.

Em um comunicado emitido na quinta-feira, 13 de junho,, o Arcebispo do México, Cardeal Carlos Aguiar Retes, assinalou: "Estamos tentando estar próximos e ser solidários aos familiares de muitas vítimas".

"Nossa Arquidiocese faz um chamado fraterno aos fiéis católicos para que se unam em oração pelo eterno descanso de Norberto, de Leonardo e de todas as vítimas, para que o Senhor traga consolo aos seus familiares e amigos, e para que oriente as nossas autoridades no combate efetivo e determinado contra a insegurança, a injustiça e todas as formas de violência criminal".

O Cardeal também convidou todos os sacerdotes da Arquidiocese do México "a colocarem nas intenções da Missa das 19h, desta quinta-feira, todas as vítimas da violência no país. Santa Maria de Guadalupe, rogai por nós!”

Por sua vez, a Conferência Episcopal Mexicana (CEM) expressou a sua "dor e tristeza" pelo assassinato do jovem e recordou que, "nestes últimos tempos, temos vivido situações de muita violência que tem sido um verdadeiro calvário para os cidadãos e para muitas famílias em diversas partes do país, às quais não vemos fim”.

Os bispos mexicanos assinalaram que estão experimentando no país "um ambiente de grave insegurança e medo, por isso, novamente fazemos um apelo às autoridades competentes, para que atendam esta onda de insegurança que tem crescido".

"Aos nossos fiéis e à sociedade em geral, pedimos que não sejamos indiferentes à dor dos demais, e continuemos construindo a paz. Como Igreja, rezamos e trabalhamos incansavelmente pela reconstrução do tecido social", assinalaram.

A CEM manifestou também a sua "proximidade e oração à família de Hugo Leonardo, assim como à do jovem estudante Norberto Ronquillo, que foi sequestrado e assassinado na semana passada, e a todas as famílias que tiveram seus entes queridos arrebatados".

"Que Santa Maria de Guadalupe, nossa mãe, nos cubra com o seu manto, nos proteja das trevas, guie nossos passos pelo caminho da paz e nos ajude a nos reconhecer como irmãos”, concluíram os bispos.

A Universidade Intercontinental assinalou em um comunicado que está "de luto" e pediu às autoridades que investiguem e castiguem "os responsáveis ​ evitando a ​impunidade".

Por sua vez, a Universidade Pontifícia do México expressou sua "fraternidade e condolências com os familiares e amigos de Leonardo Avendaño".

"Basta! Nós não queremos mais sangue. Não queremos mais mortes. Não queremos mais desaparecidos. Não queremos mais dor ou mais vergonha", expressou o centro de estudos católicos.

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