Mais de 100 mil pessoas se reuniram frente ao Capitólio do Estado Livre Associado de Porto Rico, em sua capital San Juan, para manifestar que os habitantes da ilha se levantavam “em defesa da família, do matrimônio, da infância e da vida”, frente a propostas legislativas de legalizar o mal chamado “matrimônio” homossexual e a adoção por parte de casais gay.

A marcha de 18 de fevereiro, convocada pela plataforma Porto Rico pela Família, conseguiu reunir a católicos, cristãos de outras denominações e organizações pró família e pró-vida sem filiação religiosa.

O lobby gay organizou uma marcha paralela, tentando boicotar a manifestação pró família, mas não conseguiu reunir mais de 100 pessoas. A cifra de 100 mil pessoas (que alguns meios estimam mais perto dos 200 mil), é todo um recorde em uma ilha que conta com apenas 3,6 milhões de habitantes.

O Bispo do Arecibo, Dom Daniel Fernández Torres, participante na manifestação assegurou que uma sociedade que desmantela a família natural está destinada à ruína e à demolição.

Por sua parte, o doutor César Vásquez Muñiz, presidente da Pastoral Unida a favor da Família, assegurou que esta manifestação surgiu “em resposta às ameaças percebidas contra o matrimônio e a família”.

Esta marcha, indicou, “é um ato para defender nossos direitos e proteger as crianças”.

A marcha pró-família e pela vida procura expressar a oposição dos portoriquenhos a diversos projetos no Senado e a Câmara de Representantes, que procuram a aprovação das uniões homossexuais, incluir os casais do mesmo sexo em delitos de adultério, aprovar a adoção de crianças por parte de casais gay e o ensino da ideologia de gênero nas escolas.

Segundo os organizadores da marcha Porto Rico pela Família, estas ameaças constituem um “atentado legislativo contra nossa liberdade de consciência, liberdade de expressão e liberdade religiosa”.

Ao tentar redefinir a sexualidade e a família afirmarão “modelos de convivência que são daninhos para a sociedade e que debilitam o matrimônio”.

As leis que evitem a discriminação por “orientação sexual” sentarão as bases para que seja legal “discriminar contra a Igreja e os cristãos”.

Além disso, advertiram, as leis que se estão sendo promovidas no Senado e na Câmara de Representantes de Porto Rico, significarão a “marginalização dos cristãos e de seus valores do processo político e da elaboração de leis que nos governem”.

Em Porto Rico, ao redor de 70 por cento de habitantes são católicos, e do 30 por cento restante, uma grande maioria são protestantes pentecostais.

De acordo às estatísticas do país, 52 por cento da população assegura que vai à igreja ao menos uma vez por semana, o que o localiza entre os seis países mais praticantes do mundo, logo depois da Polônia, África do Sul, Filipinas, Irlanda e Nigéria.