Pesquisa revelou que 58% dos católicos alemães não gostam "do fato de o papa e a Igreja se manifestarem contra o aborto".

O jornal católico Die Tagespost encomendou a pesquisa ao instituto de pesquisa de opinião INSA Consulere.

“Entre os luteranos entrevistados, o panorama de opinião é ainda mais claro: 67% não apoiam a posição do papa e da Igreja sobre a proteção da vida”, informou o Tagespost na segunda-feira (8).

A Igreja Católica ensina que o aborto é um mal grave e não é aceitável em nenhuma fase da gravidez. O papa Francisco condenou repetida e fortemente o aborto.

O Catecismo da Igreja Católica diz: “A Igreja afirmou, desde o século I, a malícia moral de todo o aborto provocado. E esta doutrina não mudou. Continua invariável.".

“O aborto direto, isto é, querido como fim ou como meio, é gravemente contrário à lei moral. Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido”, acrescenta.

Em julho, Irme Stetter-Karp, líder católica e copresidente do Caminho Sinodal Alemão, pediu que o aborto esteja disponível em toda a Alemanha.

Irme Stetter-Karp, presidente do Comitê Central dos Católicos Alemães (ZdK), observou que o aborto não deve ser considerado um "serviço médico regular", mas acrescentou que o comitê defende "uma ação eticamente responsável por parte de todos os envolvidos".

O Comitê Central dos Católicos Alemães organiza o Caminho Sinodal Alemão junto com a Conferência Episcopal Alemã. Como presidente do comitê leigo, Stetter-Karp também é copresidente do processo sinodal alemão.

Em uma carta aberta lançada pela iniciativa Maria 1.0, vários signatários alemães criticaram Stetter-Karp e pediram ao presidente da Conferência Episcopal Alemã que corte os laços com ela, informou a CNA Deutsch ontem (11).

Atualmente, a Alemanha permite o aborto até a 12ª semana de gravidez, com aconselhamento obrigatório em um centro aprovado pelo Estado, bem como abortos posteriores sob certas circunstâncias.

O país de 83 milhões de pessoas registrou aproximadamente 100 mil abortos no ano pandêmico de 2020.

Após a decisão do governo federal alemão em março de permitir a propaganda de abortos, a Conferência Episcopal alemã publicou uma declaração com críticas cautelosas aos planos do governo de suspender a proibição da publicidade de aborto.

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