O lobby gay ameaçou nas redes sociais queimar o #ElBusQueNoMiente (O ônibus que não mente), uma campanha lançada pela plataforma espanhola HazteOír para denunciar as mentiras da ideologia de gênero.

Acusando-os de “homofóbicos”, “tranfóbicos”, ativistas homossexuais lançaram vários insultos e ataques contra a campanha de HazteOír. A usuária @fuckarella publicou um montagem da foto do ônibus queimando em plena rua.

Desde o início da semana, HazteOír colocou para circular pelas ruas de Madri um ônibus em cujas laterais se lê: “Os meninos têm pênis. As meninas têm vulva. Que não te enganem. Se nasce homem, é homem. Se e mulher, seguirá sendo”.

Em coletiva de imprensa no dia 28 de fevereiro, Ignacio Arsuaga, presidente de HazteOír, assinalou que “o objetivo da campanha é denunciar as imposições da ideologia de gênero que viola a liberdade de educação e o direito fundamental dos pais de educar seus filhos”.

Nas redes sociais, ameaçaram “cuspir na cara” e agredir Arsuaga, assim apedrejar o ônibus de HazteOír.

“Menos tuíte e mais apedrejamento e/ou queimar o ônibus de HazteOír quando passar ao lado de vocês, que são muito ternos”, escreveu outra usuária do Twitter.

Em declarações ao Grupo ACI, Arsuaga assinalou: “Recebemos ameaçadas de morte pelas redes sociais, com mensagens como ‘Vamos queimar o ônibus com vocês dentro’, ‘vamos matá-los’, ‘merecem uma bomba’”.

“Por parte de políticos de vários partidos desqualificaram HazteOír.org. Por exemplo, o aspirante a presidir a Secretaria Geral do ‘Partido Socialista Obrero Español’ (PSOE), Pedro Sánchez, qualificou esta campanha de ‘vergonhosa e miserável’. O Secretário Geral de ‘Podemos Aragón’, Pablo Echenique, disse que não temos ‘decência nem cérebro’. E a presidente da Comunidade de Madri, Cristina Cifuentes, a política mais esquerdista do ‘Partido Popular’ (PP), disse que é ‘inconveniente’ e que está estudando (junto à associação LGBT Arcópolis) se nos denunciam e multam”.

“Nunca tinha recebido mensagens tão agressivas com nenhuma campanha”, disse.

Bispos criticam censura contra campanha de HazteOír

O Bispo de San Sebastián (Espanha), Dom José Ignacio Munilla, criticou a censura contra o ônibus de HazteOír e assinalou que, em comparação, uma apresentação transexual na qual zombam de Jesus e da Virgem Maria foi premiada no Carnaval de Canarias.

“Adivinha, adivinha: Qual dessas duas imagens foi censurada na Espanha hoje e qual foi premiada?”, questionou Dom Munilla em suas redes sociais, junto às etiquetas “liberdade religiosa” e “respeita minha fé”.

Horas mais tarde, o Prelado questionou: se para respeitar a religião não é necessário ser crente, por que deve acatar a ideologia de gênero para não ser acusado de homofobia?”.

Por sua parte, em declarações recolhidas por ‘Actuall’, o Bispo auxiliar de Valladolid, Dom Luis Javier Argüello, assinalou que “parece surpreendente que expor algo que parece óbvio, como que os meninos são meninos e as meninas são meninas, não possa se realizar quando, por outra parte, tem havido uma campanha sobre o mesmo assunto do sexo das pessoas e de uma forma singular referido às crianças e se tem exposto, de outra maneira, que parece que contraria uma antropologia adequada à própria corporeidade”.

Dom Argüello se referiu, assim, a uma campanha realizada em janeiro deste ano pela associação de Famílias de Menores transexuais do País Basco (Chrysallis), na qual asseguravam que “há meninas como pênis e meninos com vulva”.

Na manhã do dia 1º de março, segundo denunciou HazteOír, a Polícia Municipal de Madri reteve ilegalmente o veículo.

Ignacio Arsuaga disse ao Grupo ACI que “até a data de hoje não temos nenhuma notificação escrita de que a instituição tenha paralisado o ônibus, apesar do que estão afirmando os meios de comunicação”.

“Podemos dizer, portanto, que o ônibus está ilegalmente retido e HazteOír desamparada juridicamente. Estão sendo violadas nossas liberdades fundamentais, liberdade de informação, de circulação e de expressão”.

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Arsuaga assinalou que “os meios de comunicação divulgaram que essa paralisação foi realizada pela prefeitura de Madri, outros dizem que foi a Procuradoria, mas a realidade é que recebemos nenhum escrito formal explicando as razões e argumentando legalmente esta paralisação”.

O presidente de HazteOír advertiu que “a campanha informativa sobre o livro ‘Sabe o que vão ensinar a teu filho no colégio? As leis de doutrinação sexual’, que também chamamos #ElLibroQueNoQuierenQueLeas (o livro que não querem que leia) vai prosseguir”.

“Estamos estudando as próximas ações e também valorizando iniciativas legais para nos defendermos frente à detenção ilegal do ônibus. HazteOír não vai parar em sua defesa da liberdade dos pais de educar seus filhos segundo suas convicções”, concluiu.

Com informação de Blanca Ruíz, correspondente do Grupo ACI na Espanha.

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