O livro "O Conde de Chanteleine" de Júlio Verne, que foi censurado por seu editor, narra a perseguição sofrida pelos católicos durante a Revolução Francesa.

Ambientado no século XVIII, o romance mostra um dos genocídios católicos mais dramáticos dos tempos modernos: a de um povoado, La Vendée, que enfrentou a ideologia da Revolução Francesa para defender a sua fé.

"O Conde de Chanteleine" foi publicado originalmente em três partes na revista mensal francesa Musée des familles, de outubro a dezembro de 1894. Quando anos depois quiseram publicá-lo como livro, o editor Pierre-Jules Hetzel vetou a proposta por ser um militante ativo da Revolução Francesa.

O genocídio de La Vendée deixou mais de 100 mil mortos entre os anos de 1793 e 1794, porque os católicos eram obrigados a renunciar à sua fé com a ameaça de morrer de modo cruel. Impiedosamente, afogavam mulheres em massa e queimavam crianças em forno de pão.

As razões ideológicas do editor fizeram com que a obra continuasse inédita em formato de livro em francês até 1971, e como volume separado até 1994. Do mesmo modo, a historiografia oficial francesa silenciou durante séculos os fatos narrados nesta obra.

No livro são descritos os militantes da revolução que não suportavam que a comunidade de Vendée resistisse à sua ideologia e se opusesse às guerras travadas contra países como a Inglaterra e a Espanha.

Assim, formou-se um exército católico consagrado ao Coração de Jesus, cujo símbolo levavam no peito durante as batalhas. Rezavam o terço em cada combate, lutando contra a perseguição e o ódio do governo contra mártires católicos e inocentes que morreram massacrados por professarem sua fé.

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