O comitê internacional da Cruz Vermelha (CICR) confirmou a liberação de dez policiais e militares que estavam em poder das FARC há quase 14 anos. O Arcebispo de Bogotá e Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Rubén Salazar, saudou a liberação dos reféns expressando a alegria de todos os prelados do país pelo fato.

Em um comunicado com data de 2 de abril, Dom Salazar afirmou que "no contexto da celebração da Páscoa, que é a festa da vida, os bispos da Colômbia nos unimos à alegria que invade hoje os que foram libertados do seu cativeiro e seus familiares e amigos, e a os colombianos que não perdemos a esperança do retorno à liberdade de todos os seqüestrados".

Os libertados são os sargentos do Exército, Luis Alfredo Moreno Chagueza e Robinson Salcedo Guarín, ambos capturados em 1998.

Os primeiro sargentos do Exército, Luis Arturo Arcia e Luis Alfonso Beltrán Franco foram seqüestrados no mesmo ano. Do mesmo modo, o primeiro sargento da Polícia, José Libardo Forero; os intendentes chefes da Polícia Carlos José Duarte, Wilson Rojas Medina, Jorge Humberto Romero e Jorge Trujillo, retidos desde 1999.

Completam o grupo o sargento maior da Polícia, César Augusto Lasso Monsalve, quem se encontrava em poder das FARC-EP desde 1998.

Os bispos da Colômbia exortam a "os grupos que mantêm ainda pessoas seqüestradas, que as libertem o quanto antes para que desapareça definitivamente da nossa Pátria o crime atroz do seqüestro e se consolide o respeito profundo aos direitos de todos e cada um dos colombianos, base indispensável para a construção de uma sociedade justa e fraterna".

Para os prelados, "a libertação unilateral de todos os seqüestrados são um primeiro passo necessário para iniciar processos de diálogo e acordos que permitam a Colômbia terminar com o flagelo da guerra fratricida e avançar pelos caminhos da paz, desejo permanente de todos os colombianos".

Finalmente os bispos convidam "os católicos da Colômbia a viverem intensamente a celebração do mistério da Páscoa como um passo da morte à vida, da escravidão à liberdade, da inimizade à irmandade, da divisão à unidade".

Conforme informa Caracol Radio, logo depois dos primeiros exames médicos se constatou que a maioria dos liberados apresenta diminuição da acuidade visual e perda de peso, mas seu estado general bom.

Por sua parte, a Cruz Vermelha agradeceu também ao governo do Brasil pela sua cooperação e reitera a sua disponibilidade "para facilitar a liberação de outras pessoas em mãos de grupos armados".