Na última semana, algumas jovens que tinham sido sequestradas pelo Boko Haram na Nigéria foram libertadas, entretanto, uma delas continua sob o cativeiro dos terroristas, porque se negou a cumprir a única exigência deles: renunciar ao Cristianismo e converter-se ao Islã.

Leah Sharibu tem apenas 15 anos e, junto a outras 109 jovens, foi sequestrada por membros do Boko Haram em uma escola de Dapchi, no dia 19 de fevereiro.

Em 21 de março, segundo informa a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), esteve prestes a embarcar com as suas colegas no carro que as devolveu para suas famílias.

Entretanto, Leah não aceitou a condição que os terroristas lhe impuseram para ser libertada. A mãe da menina, Rebecca Sharibu, relatou que sua filha sempre afirmou, até o último instante, que “não se converteria”, apesar de as colegas terem insistido para que ela o fizesse garantindo assim a sua libertação.

De acordo com a agência de notícias Associated Press, no momento da despedida, Leah Sharibu teria pedido às amigas que “rezassem por ela”.

Por isso, ressalta a Fundação ACN, “em consequência à sua fidelidade a Cristo, neste momento, Leah Sharibu é a única jovem da escola de Dapchi que continua em cativeiro nas mãos dos terroristas do Boko Haram”.

Por sua vez, o presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, confirmou publicamente que Sharibu é a única aluna ainda mantida em cativeiro pelo Boko Haram e que “não será abandonada”.

O presidente prometeu que as autoridades iriam agora procurar garantir a libertação desta jovem cristã.

Além de Leah Sharibu e das alunas libertadas, o sequestro das alunas de Dapchi ficou ainda marcado pela morte de cinco jovens em circunstâncias que ainda faltam apurar.

O pai de uma das adolescentes, Inuwa Garba declarou a jornalistas que a sua filha, de 16 anos, teria morrido em consequência de “ferimentos” causados durante o ataque à escola e que “o seu corpo foi enterrado no mato”.

O sequestro das meninas em Dapchi, ocorrido em 19 de fevereiro, foi o maior sequestro perpetrado pelo Boko Haram desde 2014, quando sequestraram 270 meninas da aldeia de Chibok, algumas das quais conseguiram fugir e outras foram libertadas progressivamente.

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