Nesta Quarta-feira, 8 de janeiro, o Papa recordou na sua Audiência Geral o valor do batismo na vida cristã, afirmando a necessidade deste sacramento para nossa conformação com Cristo e para a salvação de cada cristão.

O Papa Francisco recordou que o Batismo dá início à “iniciação cristã”, que nos configura com o Senhor Jesus e faz de nós um sinal vivo da sua presença e do seu amor.

“O Batismo é realmente necessário para viver como cristãos e seguir Jesus?”, perguntou o Papa aos milhares de peregrinos presentes na Praça de São Pedro.

“Não se trata de mera formalidade! Uma criança batizada não é igual a uma criança não batizada. No Batismo, somos imersos naquela fonte inexaurível de vida que é a morte de Jesus, o maior ato de amor de toda a história; e, em virtude deste amor, podemos viver uma vida nova de comunhão com Deus e com os irmãos, e não ficar à mercê do mal, do pecado e da morte”, afirmou.

Francisco assinalou ainda que hoje corre-se o risco de perder a consciência daquilo que o Senhor fez em nós, do dom que recebemos no Batismo. "Devemos despertar a memória do Batismo", pediu o Papa.

“Ninguém pode batizar-se a si mesmo”, disse o Pontífice na sua conclusão. Podemos pedir e desejar o Batismo, mas sempre precisamos de alguém que nos administre este sacramento em nome do Senhor. É um dom concedido num contexto de solicitude e partilha fraterna.

“Peçamos ao Senhor que nos faça experimentar cada vez mais, na vida diária, a graça recebida no Batismo. Quando os outros se cruzarem conosco, possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus, verdadeiros membros da Igreja”, concluiu.

O Papa pronunciou também um breve resumo da sua catequese em português:
"A Igreja é o sacramento universal da salvação que prolonga, na história, a acção salvífica e vivificante de Cristo. Na verdade, é Ele que regenera continuamente a comunidade cristã, com a força do Espírito Santo, e envia a Igreja a levar a todos a salvação com palavras e gestos, com a pregação e os sacramentos. O Baptismo, juntamente com a Eucaristia e a Confirmação, forma a chamada «iniciação cristã», que nos configura com o Senhor Jesus e faz de nós um sinal vivo da sua presença e do seu amor. Ninguém pode baptizar-se a si mesmo. Podemos pedir e desejar o Baptismo, mas sempre precisamos de alguém que nos administre este sacramento em nome do Senhor. É um dom concedido num contexto de solicitude e partilha fraterna. Na verdade, não se trata de uma mera formalidade, mas, no Baptismo, somos imersos naquela fonte inexaurível de vida que é a morte de Jesus, o maior acto de amor de toda a história; e, em virtude deste amor, podemos viver uma vida nova de comunhão com Deus e com os irmãos. Peçamos ao Senhor que nos faça experimentar cada vez mais, na vida diária, a graça recebida no Baptismo. Quando os outros se cruzarem connosco, possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus, verdadeiros membros da Igreja."

O Santo Padre dirigiu depois "uma cordial saudação" aos peregrinos de língua portuguesa, encorajando-os a todos a viver o vosso Baptismo como realidade actual da existência. "Não deixeis que vos roubem a vossa identidade cristã!" - exortou o Papa Francisco. E concluiu invocando sobre todos e suas famílias "a abundância das bênçãos do Céu".