Um grupo de 16 cristãos que pertencem a uma das classes sociais mais baixas na Índia – os dalit –, inclusive mulheres e crianças, fugiram de uma aldeia na região de Jharkhand, localizada no leste do país, depois que seus vizinhos os agrediram porque se negaram a professar o hinduísmo.

Naresh Bhuiya, um dos cristãos que escapou, disse à UCA News que eles se tornaram cristãos há nove anos, mas pertenciam aos dalit, uma das classes mais baixas da sociedade indiana, chamado de “intocáveis”; só podem realizar trabalhos marginais e costumam ser vítimas de agressões físicas. 

Segundo um relatório elaborado pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), 2,5% da população na Índia professa o cristianismo, enquanto 79,5% são hinduístas, cerca de 14% são muçulmanos e 3,6% pertencem a outras religiões.

O problema com estes 16 cristãos começou no dia 8 de maio, quando foram convidados a uma reunião da comunidade e lhes pediram que explicassem por que não podiam praticar o hinduísmo. “Queriam que gritássemos ‘Jai Shri Ram’, para louvar o deus hindu Ram. Quando nos negamos, amarraram as nossas mãos e as nossas pernas e nos agrediram sem misericórdia”.

Esta é a segunda vez que um grupo de cristãos foge de uma situação como esta. No último dia 29 de abril, seis famílias cristãs pertencentes à tribo Gond fugiram de sua aldeia no estado de Chhattisgarh porque foram ameaçados de assassinato caso não se convertessem ao hinduísmo.

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