“No domingo, 5 de setembro, peçamos a Deus pela paz no Afeganistão e rezemos pelos afegãos em todas as igrejas e capelas da Polônia, durante a oração dos fiéis, e que depois das santas missas seja organizada uma coleta em seu benefício”, disse o arcebispo metropolitano de Poznan e presidente da Conferência Episcopal da Polônia, dom Stanisław Gądecki, ao proclamar o domingo 5 de setembro como o Dia de Solidariedade com os afegãos.

“Há várias semanas, somos testemunhas dos dramáticos acontecimentos no Afeganistão relacionados com a mudança de governo”, disse o arcebispo em comunicado oficial, “muitos milhares de afegãos estão salvando suas vidas e sua saúde ao fugir do país em busca de ajuda da comunidade internacional”.

Com a retirada das tropas americanas do Afeganistão, o grupo radical muçulmano Talibã voltou ao poder graças a uma ofensiva militar que, em três meses, tomou a capital, Cabul. O Talibã renomeou o país como Emirado Islâmico do Afeganistão.

Segundo a ONU, cerca de 18,4 milhões de afegãos, metade da população do país, necessitam de ajuda humanitária em meio à crise.

Dom Stanisław Gądecki disse, no comunicado, que “ouvindo a voz do papa Francisco, que chamou todos os homens de boa vontade para ‘rezar ao Deus da paz para que o choque das armas seja silenciado e soluções sejam encontradas na mesa do diálogo', faço um apelo aos pastores e aos fiéis da Igreja na Polônia para que rezem e ajudem materialmente o povo do Afeganistão que sofreu”.

O arcebispo agradeceu “a todos os bispos que, durante o Conselho Episcopal Diocesano celebrado em Jasna Góra em 25 de agosto, apoiaram unanimemente a ideia de uma coleta nacional com esta finalidade”. O Presidente da Conferência Episcopal da Polônia anunciou que os fundos arrecadados na coleta de 5 de setembro “serão utilizados para apoiar o trabalho a longo prazo da Caritas com os imigrantes e refugiados, tanto na Polônia como no exterior”.

“Em colaboração com a Caritas no Paquistão, o país com o maior grupo de refugiados do Afeganistão, será iniciada uma intervenção humanitária de três meses de assistência imediata a cerca de 1,5 mil famílias”, disse.

Segundo o arcebispo, “na Polônia já estão funcionando os Centros de Migrantes e Refugiados da Caritas Polônia e as Caritas diocesanas”.

“A Caritas Polônia lançará um programa nacional de apoio aos refugiados na nossa pátria, que abrangerá desde a assistência espiritual, psicológica e social, até à assistência linguística, jurídica e médica, bem como o aconselhamento profissional, o apoio intercultural e o apoio aos voluntários nas paróquias e nos meios de comunicação social”, disse dom Gądecki.

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