Neste fim de semana, a Igreja em Portugal irá celebrar a canonização de Frei Bartolomeu dos Mártires, que foi aprovada pelo Papa Francisco em 6 de julho deste ano.

O Santo Padre aprovou os votos favoráveis dos membros da Congregação para as Causas dos Santos e estendeu o culto litúrgico em honra a este arcebispo português a toda a Igreja, “inscrevendo-o no livro dos santos” por “canonização equipolente” (dispensando o milagre requerido após a beatificação).

No sábado, 9 de novembro, será realizada uma vigília de oração na Diocese de Viana do Castelo. A cerimônia terá início às 21h, na Igreja de São Domingos, junto ao túmulo de Bartolomeu dos Mártires.

No dia seguinte, 10 de novembro, o Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu, presidirá a Santa Missa na Catedral da Arquidiocese de Braga, com a leitura do decreto de canonização.

Estarão presentes na celebração várias autoridades civis, militares e acadêmicas, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e os bispos de Portugal e da Galiza.

Neste mesmo dia, se as condições meteorológicas permitirem, haverá uma procissão, saindo às 15h da Igreja de São Paulo, no Seminário Conciliar de Braga – fundado por São Bartolomeu dos Mártires – em direção à Sé Catedral.

Bartolomeu dos Mártires nasceu em Lisboa, Portugal, em 3 de maio de 1514, e faleceu na também localidade portuguesa de Viana do Castelo, em 16 de julho de 1590. Pertencia à Ordem dos Pregadores Menores, dominicanos, e foi Arcebispo de Braga, sendo responsável pelo território que hoje corresponde às dioceses de Braga, Viana do Castelo, Bragança-Miranda e Vila Real. 

Recebeu o hábito dominicano em 11 de novembro de 1528 e realizou seus estudos filosóficos e teológicos no mosteiro de Lisboa. Depois de ensinar em diferentes conventos de Lisboa, foi confirmado pelo Papa Paulo IV como Arcebispo de Braga, em 27 de janeiro de 1559, e ordenado bispo em 3 de setembro do mesmo ano.

Entre 1561 e 1563, participou do Concílio de Trento. Em 23 de fevereiro de 1582, renunciou ao cargo de Arcebispo de Braga e retirou-se no convento dominicano de Santa Cruz de Viana do Castelo, onde morreu em 16 de julho de 1590, aclamado pelo povo como o "Santo Arcebispo".

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