A Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores concluiu no domingo, 15 de setembro, em Roma, sua XI Assembleia Plenária Ordinária com uma "atenção significativa ao conceito de adulto vulnerável", segundo se lê em um comunicado de imprensa divulgado ao final do encontro.

A reunião desta Comissão, que foi criada pelo Papa Francisco em 2014 para estabelecer iniciativas para a proteção de menores na Igreja, começou na sexta-feira, 13, com a escuta do testemunho de um homem brasileiro que sofreu abusos por parte de sua família e do clero.

Segundo o comunicado, os membros da Assembleia Plenária chegaram a Roma alguns dias antes do início da reunião para realizar uma série de encontros em diferentes dicastérios, com o objetivo de facilitar seu trabalho em todos os níveis da Igreja.

"Há uma necessidade constante que a cultura e a missão em favor da proteção dos menores seja vista e incorporada sistematicamente na vida da Igreja em nível mundial”, indica o comunicado.

A Pontifícia Comissão centrou seus esforços em uma série de áreas concretas: diálogo com vítimas e sobreviventes, educação e formação, diretrizes e normas de proteção.

“Nosso trabalho com os sobreviventes continua”, destaca o comunicado, “por meio de uma série de estratégias voltadas a desenvolver plataformas por meio das quais a Igreja possa escutar as vozes das pessoas que sofreram abusos, e trabalhar para integrar as vozes das vítimas-sobreviventes na vida e na missão da Igreja”.

Além disso, "a formação e a educação continuam sendo oferecidos em diversas modalidades e locais, em várias partes do mundo, em resposta aos pedidos de conferências episcopais, dioceses, institutos de vida consagrada, sociedades de vida apostólica, movimentos eclesiais e associações".

Por fim, a declaração afirma que, “considerando esse momento particular na história das Igrejas e o próximo 30º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas, a Pontifícia Comissão para a Tutela dos Menores renova seu firme compromisso para contribuir para um mundo que seja seguro para as crianças e as pessoas vulneráveis”.

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