"O homem não pode ser separado de Deus, nem a política da moral", disse Santo Tomás More, declarado padroeiro dos governantes e dos políticos por São João Paulo II. Morreu mártir quando se negou a reconhecer o divórcio de Henrique VIII e o projeto de uma igreja liderada pelo rei da Inglaterra e não pelo Papa.

São Tomás nasceu em Londres em 1477 e manteve sempre uma vida de fé. Se graduou na Universidade de Oxford como advogado e sua carreira bem-sucedida o levou ao parlamento. Se casou com Jane Colt teve um filho e três filhas. Após a morte de sua esposa se casou com Alice Middleton.

Em 1516 Santo Tomás escreveu o seu livro mais famoso, conhecido como “Utopia”, esta obra chamou muito a atenção de Henrique VIII e o colocou num cargo importante.

Quando o rei Henrique VIII continuava com a intenção de repudiar sua esposa para casar-se com outra e planejava separar-se da Igreja de Roma para formar a igreja anglicana sob sua autoridade, Santo Tomás More renunciou.

Em seguida, Tomás se dedicou a escrever em defesa da Igreja e com seu amigo, o Bispo São João Fisher, se recusou obedecer ao rei como “cabeça” da igreja. Ambos, fiéis a Cristo, foram presos. Alguns meses após a prisão executaram São João Fisher e posteriormente Santo Tomás foram condenados como traidores do reino.

Antes de ser executado, o santo disse à multidão: “Morrerei como bom servidor do rei, mas sobre tudo como servo de Deus". Foi decapitado no dia 6 de julho de 1535. O dia de Santo Tomás More é comemorado a cada 22 de junho, junto com San João Fisher.

“A história de Santo Tomás More ilustra com claridade uma verdade fundamental da ética política. Em efeito, a defesa da liberdade da Igreja frente a indevidas ingerências do Estado é, ao mesmo tempo, defesa, em nome da primazia da consciência, da liberdade da pessoa frente ao poder político. Nisto reside o princípio fundamental de toda ordem civil de acordo com a natureza do homem”, disse São João Paulo II no ano 2000.