SÃO PAULO, 10 nov. 10 / 05:45 pm (ACI).- Após o anúncio de uma a parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, de um estudo que visa a descriminalização da prática do aborto, atualmente condenada pela lei brasileira, que custará R$ 121 mil Reais, uma reportagem feita pela Canção Nova volta a denunciar o uso de verba pública para promoção desta prática anti-vida no país. A matéria feita denuncia que o documentário “Fim do silêncio”, que reúne depoimentos de mulheres que praticaram o aborto há oito anos, foi custeado com verba pública, tendo recebido 80 mil Reais da pasta do Ministério da Saúde, apesar de que 7 em cada 10 cidadãos brasileiros, de quem provêem os impostos, são contrários ao aborto e à sua legalização.
O projeto “Fim do Silêncio”, segundo a própria página web do documentário abortista , feito pela diretora Thereza Jessouron, apresenta depoimentos de mulheres de idades, classes sociais e estados brasileiros diversos, como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife. Na produção, as entrevistadas falam abertamente, sem esconder o rosto nem a identidade, como e porque fizeram o aborto. Fim do Silêncio foi financiado pelo Selo Fiocruz Vídeo, que busca popularizar e democratizar o acesso da população ao conhecimento dos principais problemas de saúde pública do Brasil”.
Segundo explica o vídeo da Canção Nova, após 8 anos, pela lei brasileira, o crime do aborto prescreve, ou seja, estas mulheres já não podem ser processadas por terem abortado.
No vídeo da CN, o diretor do selo de Vídeo da Fiocruz, Umberto Trigueiro Lima, que defende o projeto afirmando que “a questão da mortalidade materna ligada ao aborto é uma das questões graves da saúde pública no nosso país”. O que o diretor parece ignorar é que segundo os dados oficiais do SUS, órgão também vinculado ao Ministério da Saúde, o aborto está entre as últimas causas de mortalidade materna no Brasil.
Em um recente vídeo o Padre pela vida, o sacerdote Berardo Graz, coordenador da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, denuncia a falsidade do argumento. Segundo o “Padre Pela Vida” das 1.590 mortes maternas registradas pelo DataSUS no período 2007 “só 200” foram por causa de aborto”. E isso, tratando-se de “aborto ainda não especificado, porque dentre destas 200, várias morrem por aborto espontâneo”, ou por alguma patologia da reprodução como por exemplo, a gravidez ectópica”. “Na realidade vítimas de morte por aborto clandestino ou aborto provocado não chegam a 100, ou até menos”, assevera o sacerdote, assegurando que “dentre todas as causas de morte de mulheres, o aborto é a última”.
O advogado Paulo Leão rebate os argumentos de Trigueiro Lima afirmando que “a saúde não pode ser pensada sob um único ponto de vista”, ou seja o das mães.
O Deputado Federal Otávio Leite da Frente Parlamentar em Defesa da Vida no Congresso afirma que a política de saúde do governo Lula está equivocada.
A vida é uma questão de princípio e não de maioria, adverte o vídeo da Canção Nova, recordando que apesar de que 7 em cada 10 cidadãos brasileiros são contrários à descriminalização do aborto, o governo siga usando o dinheiro dos seus impostos para promover projetos deste tipo, quando existem outras tantas prioridades de saúde pública que não estão sendo atendidas.
Por outra parte, Dom Wilson Tadeu, bispo auxiliar do Rio de Janeiro, afirma que “a vida está em jogo e aqui nós devemos nos manifestar” e adverte aos defensores da vida que é preciso “reagir”.
Para assistir a reportagem da Canção Nova, confira: