As autoridades turcas prenderam um golpista que teria tentado reivindicar como sua propriedade e depois vender a Basílica Menor de Santo Antônio de Pádua, um dos maiores, mais históricos e importantes templos católicos da capital Istambul.

A organização humanitária International Christian Concern (ICC) informou em 6 de março que Sebahattin Gök e uma "grande rede de cúmplices" haviam coletado e falsificado documentos para afirmar que eram os proprietários da basílica.

Além disso, a organização assinala que essas pessoas já haviam praticado “fraudes e falsificações imobiliárias, especificamente entre grupos religiosos e de minorias étnicas”.

“No ano passado, a Igreja pediu medidas de segurança adicionais para preservar o local de culto. Durante esta investigação, o golpe foi descoberto, junto com outros 34 casos de tentativas de obter locais religiosos de comunidades armênias, cristãs, judaicas e de outras comunidades minoritárias”, informou ICC.

Para a organização humanitária “a preservação desta igreja e a proteção que obteve é ​​uma vitória da comunidade cristã minoritária na Turquia”, já que recentemente “houve muitos casos de saques, conversões de igrejas em museus ou mesquitas e danos a igrejas históricas”.

As reconversões mais lembradas são as ocorridas nos dias 24 de julho e 21 de agosto de 2020, quando a Basílica de Santa Sofia e a antiga Igreja Ortodoxa de San Salvador de Cora passaram de museus a mesquitas.

Sobre a basílica menor de Santo Antônio de Pádua

A Igreja Sent Antuan, como também é conhecida, está localizada na Avenida İstiklal, no bairro-distrito de Beyoğlu.

Sua construção começou em 1906 e terminou em 1912. Foi projetada no novo estilo gótico por dois renomados arquitetos do início do século, Giulio Mongeri e Eduardo de Nari.

Em 15 de fevereiro de 1912, os sacerdotes mudaram-se para a nova igreja, que foi consagrada e aberta ao culto público.

Em 1932, o Papa Pio XI elevou-a a basílica menor.

O templo é atualmente administrado por padres italianos, que celebram a missa em italiano, polonês, inglês e turco.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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