No mesmo dia em que se levavam a cabo os funerais do jovem sacerdote Ragheed Ganni, assassinado no domingo depois de Missa junto com três diáconos do rito católico caldeu, fundamentalistas muçulmanos voltaram a dar uma mensagem de intolerância contra os católicos com o ataque de duas Igrejas no Iraque.

Conforme informes da agência iraquiana AINA, duas Igrejas foram atacadas no bairro de Dora em Bagdá. Trata-se dos templos de São João Batista, na zona de Hay Al-Athoriyeen, cujos guardiões teriam sido assassinados, e a de São Jacó na zona de Hay Al Asya, que, sempre segundo a agência, teria sido profanada e convertida em mesquita à força.

Esta última foi uma das quatro Igrejas afetadas pelos ataques simultâneos produzidos em 16 de outubro de 2004.

O anúncio ainda vago do ataque às Igrejas coincidiu com os funerais do Pe. Ganni em Karamles, presididos pelo Arcebispo de Mosul, Dom Faraj P. Rahho, em meio de imponentes medidas de segurança.  Aos funerais estava presente o Ministro das finanças do governo regional curdo, Sarkis Aghajan.

Enquanto isso, em Roma, foi previsto para quinta-feira, 7 de junho, no Pontifício Colégio Irlandês, uma liturgia presidida por Dom Philip Najim, Procurador do Patriarcado da Babilônia dos Caldeus ante a Santa Sé, para recordar o Pe. Ganni e os três diáconos assassinados.