A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) financiará a construção de um muro ao redor do Seminário Good Shepherd da cidade de Kaduna (Nigéria).

Em 8 de janeiro do ano passado, um grupo de terroristas muçulmanos sequestrou os seminaristas Pius Kanwai (19), Peter Umenukor (23), Stephen Amos (23) e Michael Nnadi (18).

Os três primeiros foram libertados dias depois. Michael Nnadi foi assassinado. Os quatro estavam começando os estudos de filosofia.

ACN recordou que “com o Salmo 51, começou a missa do funeral de Michael Nnadi há um ano. Ele e três outros seminaristas foram sequestrados do seminário Bom Pastor em Kaduna, Nigéria. Aconteceu em janeiro de 2020, pouco depois do regresso dos futuros sacerdotes das férias de natal com suas famílias”.

O reitor do seminário, padre Habila Daboh, relatou que os “pistoleiros”, grupo terrorista muçulmano que chegou no dia 8 de janeiro, forçaram as portas dos dormitórios. “Quando ouviram a chegada dos seguranças do seminário, pegaram quatro seminaristas como reféns e fugiram”, explicou.

“Três foram libertados depois de algumas semanas. Michael, por outro lado, não sobreviveu: encontraram apenas o seu cadáver. As orações dos 268 seminaristas por seu irmão ascenderam ao Céu. Foi uma mudança, pois desde então reina a incerteza entre eles, e alguns têm medo”, indicou ACN.

O grande terreno do seminário já tem um muro de 2.870 metros de comprimento, mas é fácil de pular e os guardas não dão conta de cuidar dele em toda a sua extensão. O novo muro será mais alto e permitirá aumentar a segurança.

Originalmente, a ideia era construir um muro mais alto, mas não havia dinheiro suficiente. Agora, os bispos querem construí-lo porque está em jogo a segurança dos seminaristas e de seus formadores. A ACN ofereceu enviar 43 mil euros para construí-lo.

O padre Daboh teme que alguns seminaristas saiam do seminário por medo. "Agora fazemos questão de que os seminaristas vejam os guardas antes de se deitarem para dormir", disse ele à ACN.

O seminário fica no norte do país, onde os cristãos são minoria e os terroristas muçulmanos se escondem em muitos lugares. Além disso, indicou a fundação pontifícia, “existem gangues itinerantes que, incitadas pelo racismo e pela fúria religiosa, criam insegurança na área”.

“Com 150 euros já é possível doar dez metros de segurança e, com isso, uma parte do futuro para os cristãos da Nigéria”, assinalou ACN.

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