Após saber do atentado contra a igreja de São Francisco de Assis, na Arquidiocese de La Serena (Chile), o ministro provincial da Ordem Franciscana no Chile, Pe. Isauro Covili, pediu que a violência “não seja normalizada como uma forma válida de reivindicação”.

O fato ocorreu na noite de segunda-feira, 19 de outubro, no contexto das manifestações que ocorreram em algumas cidades por ocasião do primeiro ano de rebelião social no país.

Os indivíduos que violaram a igreja “geraram danos nas portas de acesso, bancos e imagens do interior do templo, bem como outros danos associados à entrada violenta a este local de culto com tanta história e tão querido pela Igreja da cidade e especialmnte um dos mais simples, preferidos pelo Senhor”, expressou a Ordem Franciscana no dia 20 de outubro.

O Santíssimo Sacramento não foi profanado.

No comunicado de 20 de outubro, os franciscanos rechaçaram os fatos “e todo ato de violência que ameaça toda pessoa e os valores mais sublimes da vida cristã e do povo chileno”.

“A violência gera mais violência e não podemos justificar em hipótese alguma que no seio do povo chileno a violência se normalize como uma forma válida de reivindicação para justificar o descontentamento, a injustiça e a falta de igualdade entre todos os cidadãos de nossa sociedade”.

“Hoje, mais do que nunca, a crise social e política que vivemos e sofremos exige e interpela a nossa vida cristã e franciscana a um compromisso decidido para continuar a ser artífices e instrumentos de paz e de diálogo”.

“Nós os convidamos a sonhar com um Chile mais justo, equitativo, em paz, mas que por sua vez sejamos capazes de anunciar, como Jesus fez, que o Reino é uma comunidade de irmãos e irmãs que sonham com um mundo de concórdia, de paz e de respeito”.

Além de expressar sua solidariedade e oração à comunidade afetada, agradeceram “as expressões de apoio, proximidade e carinho” da comunidade, vizinhos, locatários da região e autoridades religiosas e civis.

Antes deste ataque, um grupo de vândalos destruiu e incendiou as igrejas da Assunção e de São Francisco de Borja, em Santiago, no domingo, fato que foi condenado por diferentes setores.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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