Eisham Ashiq, filha de Asia Bibi, agradeceu recentemente as orações e o trabalho realizado pela libertação de sua mãe e assegurou que, quando encontrá-la, irá abraçá-la e chorarão juntas.

Em um vídeo enviado à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) e publicado em 9 de novembro, Eisham assinalou: "Ainda não encontrei minha mãe, mas estou muito feliz por ela ter sido libertada”.

“Quando a encontrar, certamente vou abraçá-la com força e chorar com ela”.

"Sei que estão todos muito felizes com a libertação de minha mãe. Obrigada por todas as suas orações", expressou.

Asia Bibi permaneceu oito anos presa e condenada à morte no Paquistão, falsamente acusada de blasfemar contra o Islã.

No Paquistão, blasfemar contra o Islã pode levar à pena de morte e, muitas vezes, os cristãos foram falsamente acusados ​​de cometer este crime. Para evitar a pena, oferecem-lhes que se convertam muçulmanos.

Asia Bibi trabalhava recolhendo frutas da cidade de Sheikhupura, perto da capital Lahore, no Paquistão. Em junho de 2009, um grupo de muçulmanas a acusou de contaminar a água por ser cristã.

Diante dos ataques, Asia respondeu aos insultos contra sua fé dizendo: “Eu acredito na minha religião e em Jesus Cristo que morreu na Cruz pelos pecados da humanidade. O que fez seu profeta Maomé para salvar a humanidade?”. No dia seguinte, uma multidão atacou a sua família e ela foi levada a uma delegacia de polícia por "segurança".

Logo depois, foi acusada de blasfêmia contra o Islã.

Defender Asia Bibi e buscar reformas na lei de blasfêmia do Paquistão em 2011 causou a morte de Shahbaz Bhatti, também católico e então ministro federal para as minorias religiosas.

Depois de várias prorrogações, finalmente em 31 de outubro deste ano, a Corte Suprema do Paquistão absolveu Asia Bibi.

Em 7 de novembro, Asia Bibi finalmente foi libertada e transferida a um lugar seguro.

Em 20 de novembro, graças a uma iniciativa da ACN junto com o Patriarcado de Veneza e autoridades civis, vários lugares da cidade italiana serão iluminados de vermelho, para homenagear os cristãos perseguidos e, especialmente, Asia Bibi.

Confira também: