Em 8 de março, durante uma manifestação por ocasião do Dia Internacional da Mulher, um grupo de feministas invadiu a paróquia A Sagrada Paixão, em Bogotá (Colômbia), e deixou frases nas paredes em favor do aborto e contra os sacerdotes, enquanto cantavam canções ofensivas.

Essa é uma das manifestações organizadas pelo coletivo feminista, que ocorreu também em outras cidades da Colômbia, como Medellin e Cali, na qual utilizam a luta pelos direitos da mulher para exigir a legalização do aborto.

Internacionalmente, em países como Chile, México e Espanha, os manifestantes também causaram danos a espaços e edifícios públicos e privados, atacando templos católicos com especial violência.

No Twitter, vários usuários informaram sobre a invasão destas mulheres à igreja colombiana, onde gritaram frases como “se o Papa fosse mulher, o aborto seria lei”, “é preciso abortar este sistema patriarcal”, enquanto colavam cartazes e pichavam as paredes e portas da igreja.

As feministas com lenços verdes, que é o símbolo dos grupos abortistas, entraram na igreja para escrever com spray frases como: “padres estupradores”, “encobridores”, entre outros.

Em declarações a ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI –, Pe. Jairo Sterling, que é pároco da igreja e estava presente durante o ataque, indicou que aproximadamente duas mil mulheres passaram em frente à paróquia por volta das 10h30.

O sacerdote comentou que "chegaram ao templo para protestar com discursos muito ofensivos", fato que impediu a realização da Santa Missa, marcada para 11h, por causa dos gritos que ecoavam dentro do templo.

Além disso, ressaltou que este ataque é um dano “ao patrimônio público”, a um templo que é “um lugar de acolhida para as pessoas”.

"O vandalismo realmente não deve ser permitido, as mulheres têm todo o direito a protestar", mas de maneira pacífica, indicou o pároco.

Embora haja pessoas de boa vontade na marcha, "o desrespeito à propriedade privada e desrespeito contra o culto religioso e a tradição” não devem ser uma opção, acrescentou.

Do mesmo modo, indicou que, lamentavelmente, a paróquia, que é uma obra arquitetônica, está em uma região de baixos recursos, onde há muito comércio e prostituição, por isso, as pessoas têm medo de ir à Missa, e não há muitos paroquianos.

Pe. Sterling disse que ainda não sabem como vão cobrir os danos, que totalizam dois milhões de pesos (aproximadamente 550 dólares).

O ataque foi denunciado a um canal de televisão na Colômbia e o padre espera conversar com a prefeitura.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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