O conhecido ativista pró-vida norte-americano, o Dr. John Willke, faleceu no dia 20 de fevereiro deste ano com 89 anos. O fundador da International Right to Life Federation será recordado por sua firme posição contra a legalização do aborto e sua incansável dedicação a ajudar as mulheres e seus filhos nascituros.

"O movimento pelo direito à vida perdeu um de seus ativistas mais influentes", disse o presidente da organização pró-vida norte-americana National Right to Life, Carol Tobias. "Entretanto, sabemos que o legado da educação e o ativismo do Dr. Willke viverão nos incontáveis homens e mulheres que foram inspirados a unir-se à luta pela vida graças a seus esforços", acrescentou.

John Willke trabalhava como médico obstetra antes de começar a incorporar-se à causa a favor da vida em plena década de 1960. Ele e sua esposa ajudaram a animar os grupos pró-vida a trabalharem no âmbito estatal mesmo antes da imposição das leis que permitem o aborto em todo o país pelo Supremo Tribunal dos Estados Unidos em 1973.

"Não há como quantificar as contribuições que Jack Willke e sua esposa Bárbara, fizeram ao movimento pró-vida", adicionou Tobias.

Como presidente do National Right to Life Committee (Comitê nacional do direito à vida) desde 1980 até 1991, Willke realizou diversas entrevistas aos meios de comunicação e viajou por todo mundo para promover o movimento pró-vida.

Entre seus doze livros se destacam Handbook on Abortion (Manual sobre o Aborto), publicado em 1971, que teve 1,5 milhões de cópias vendidas, e Abortion and the Pró-Life Movement (Aborto e o Movimento pró-vida) publicado em 2014, sobre a história do aborto com um enfoque especial nos Estados Unidos desde 1960. Willke e sua esposa escreveram juntos ambos os livros.

Willke foi também fundador da International Right to Life Federation e em 1991 fundou o Life Issues Institute, centro de pesquisa cujo propósito é entregar informação atualizada e ferramentas eficazes para proteger a vida humana desde o começo de sua vida biológica na fertilização até a sua morte natural.

O procurador geral de Ohio, Mike DeWine, descreveu Willke como "um líder mundial no movimento do direito à vida", que junto com a sua esposa "mostraram uma grande paixão por sua missão de proteger os nascituros".

"Será recordado como um grande mestre, amigo e líder incondicional ao dar a voz aos mais vulneráveis da nossa sociedade. Sentiremos muitas saudades", adicionou.

O presidente do centro de pesquisa pró-vida Charlotte Lozier Institute e amigo da família, Chuck Donovan, disse que os Willkes “fizeram muito mais que educar e inspirar”.

“Willke animou os defensores da vida a que se centrem tanto nas mulheres grávidas como em seus filhos e foi quem popularizou a frase ‘por que não podemos amar os dois?’”, recordou.

"Eles foram, desde o começo de seu trabalho, firmes defensores dos centros de ajuda para mulheres grávidas, casas de maternidade e alternativas positivas", escreveu Donovan na revista digital First Things.

Do mesmo modo, assinalou que os Willkes sempre acolhiam as mulheres grávidas ou as adolescentes em problemas na própria casa de Cincinnati, Estados Unidos. Willke e sua esposa tiveram seis filhos, 22 netos e três bisnetos. Barbara Willke morreu em 2013.

"Eles deixaram uma mensagem sobre direitos humanos, respeito aos menores e mais fracos entre nós e de otimismo sobre o futuro da humanidade", observou Donovan.