Pe. Piero Gheddo, missionário do PIME (Pontifício Instituto das Missões Exteriores) e grande promotor do serviço missionário no mundo, faleceu aos 89 anos, em 20 de dezembro, na casa Ambrosiana de Cesano Boscone, perto de Milão, na Itália.

Segundo informa AsiaNews, o sacerdote esteve doente por algum tempo. Era conhecido internacionalmente como “o missionário do papel impresso”, por ter trabalhado toda a sua vida no mundo da comunicação para a divulgação do Evangelho.

Nasceu em 1929, em Tronzano Vercellese, e frequentou o seminário diocesano de Moncrivello (Vercelli). Entrou no PIME em 1945 e foi ordenado sacerdote em 1953.

O seu sonho era ser missionário na Índia, mas, desde a sua ordenação, sempre teve que dedicar-se à imprensa.

Em 1961, foi um dos fundadores do Centro Missionário PIME de Milão, onde, junto com Pe. Amelio Crotti e Pe. Giacomo Girardi, divulgou a cultura, a informação e o trabalho missionário na Itália e no mundo.

“As campanhas do Centro PIME para atenuar a fome no mundo, em favor dos refugiados vietnamitas e cambojanos, pela paz no Líbano, a vigília missionária pelo Dia Mundial das Missões, marcaram a vida de muitas gerações de jovens”.

Fizeram parte deste trabalho a fundação “Mãos estendidas”, em 1964, e a Editora Missionária Italiana (EMI), em 1955. De 1959 a 1994, foi diretor da revista mensal Mondo e Missione (Mundo e Missão).

O sacerdote é recordado por denunciar a ideologia violenta dos ‘vietcong’, testemunhando a opressão que exerciam sobre os habitantes do Vietnã e criticou a derivação marxista de uma parte da Teologia da Libertação latino-americana.

Em 1962, quando ainda era jornalista do L'Osservatore Romano, foi eleito pelo Papa São João XXIII para ser especialista na redação do decreto conciliar Ad Gentes. Na década de 1990, o Papa João Paulo II o escolheu como colaborador da encíclica “Redemptoris Missio”.

Escreveu mais de noventa livros, que foram traduzidos no exterior, e recebeu vários prêmios de jornalismo. Pe. Gheddo fundou a agência Asia News.

Desde 2014, devido à necessidade de receber cuidados médicos diariamente, Pe. Gheddo se mudou para a Casa Ambrosiana da Diocese de Milão, em Cesano Boscone, onde ele continuou trabalhando.

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