Fernando Cardenal, sacerdote jesuíta suspenso em 1984 por São João Paulo II, faleceu aos 82 anos de idade, no último dia 20 de fevereiro, devido a uma série de complicações cardíacas depois de ser operado de uma hérnia umbilical.

O Arcebispo de Manágua, Cardeal Leopoldo Brenes, celebrou uma Missa na Sala Magna da Universidade Centro-americana.

O sacerdote ficou conhecido pelo seu ativismo dentro da Teologia da Libertação. Em 1984, Fernando Cardenal foi expulso da Companhia de Jesus devido a sua participação do governo no Frente Sandinista de Libertação Nacional como ministro da educação.

No mesmo ano, São João Paulo II o suspendeu “a divinis” junto a outros sacerdotes nicaraguenses por fazer política partidária, algo incompatível com o ministério sacerdotal tal como estabelece o Código de Direito Canônico. Entre os suspensos também estiveram Ernesto Cardenal, Miguel d’Escoto e Edgard Parrales.

Deixou seu cargo político em 1990 e se afastou do Frente Sandinista de Daniel Ortega. Em 1997, foi recebido novamente na Companhia de Jesus.

Finalmente, o Papa Francisco levantou a sanção que pesava sobre Fernando Cardenal em agosto de 2014.

Até seu falecimento, o sacerdote jesuíta estava dedicado à organização educativa católica ‘Fé e Alegria’.

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