O jornal londrino Daily Mail revelou que em uma recente reunião secreta, os principais executivos e estrelas da rede de televisão estatal inglesa BBC admitiram que têm um viés anticristão mas não consideram viável uma mudança.

Na reunião, convocada pela veterana Sue Lawley, os "executivos da BBC admitiram que a corporação está dominada por homossexuais, assim como por gente de minorias étnicas; promove deliberadamente o multiculturalismo, é anti-americana, anti-rural e mais sensível aos sentimentos dos muçulmanos que dos cristãos", conforme explica o periódico.

Segundo o Daily Mail, os profissionais da BBC finalmente "admitiram o que os críticos estiveram lhes dizendo por anos: a BBC está dominada por liberais tendenciosos, de esquerda, que têm um viés contra o Cristianismo e a favor do multiculturalismo".

Para o jornal, esta reunião permite entender o parcializado jornalismo da BBC e sua cobertura sobre temas chaves, especialmente sobre os muçulmanos e o terrorismo.

"Revelou que os executivos permitiriam que a Bíblia seja atirada num cesto de lixo em um show de comédia televisiva, mas não o Corão, e que possivelmente difundiriam uma entrevista com Osama Bin Laden se tivessem a oportunidade", indica o meio.

O jornal entrevista um executivo da BBC que reconhece a possibilidade de que a rede "tenha ido muito longe na direção da correção política" mas também sustenta que "infelizmente, muito disto está tão encravado na cultura da BBC que é muito difícil mudar".

Nas últimas semanas a BBC foi severamente criticada por vários setores devido a sua polêmica cobertura da mensagem do Papa Bento XVI em Ratisbona que, para muitos, foi a origem das manifestações de ira muçulmana.

"O discurso do Santo Padre em Ratisbona se considerou uma valente alegação por escrito pelo diálogo até que a BBC lançou-nos dia 14 um relatório em árabe, turco, parsi (a língua persa do Irã), urdu (falado no Paquistão), e malaio, com o título: ‘O discurso do Papa excita a ira muçulmana’", assinalou o semanário espanhol Alba em uma recente edição.

Além disso, neste mês a rede inglesa repreendeu –embora em seguida tenha se retratado– a uma narradora de notícias por usar um pequeno crucifixo em tela.