No último fim de semana, o motorista de um carro morreu e outras pessoas ficaram feridas depois bater contra um ônibus que transportava estudantes católicos da Diocese de Covington, os quais retornavam da Marcha pela Vida em Washington DC. (Estados Unidos).

Segundo algumas testemunhas que se comunicaram com o meio de comunicação local WLWT, no estado de Kentucky, o automóvel viajava em uma estrada da cidade de Califórnia e bateu de frente contra o ônibus.

“Vi um carro atravessar a faixa do meio e seguir em minha direção. Consegui sair do caminho”, disse a WLWT Ricky Lynn, uma testemunha que estava dirigindo para o norte na estrada.

O motorista do carro, Eric Clos, de 39 anos, foi declarado morto. As testemunhas contaram a WLWT que um sacerdote que estava no ônibus deu a bênção ao motorista do carro.

Segundo os funcionários, outras quatro pessoas foram levadas ao hospital com ferimentos leves, informou WCPO-TV em Cincinnati.

WLWT informou que, após a batida, os passageiros do ônibus saíram pelas janelas de emergência. O ônibus fazia parte de uma caravana com outros três, com um total de aproximadamente 200 pessoas que participaram da Marcha pela Vida, na sexta-feira, 24 de janeiro.

Em uma declaração dada aos meios locais, a Diocese de Covington informou que “os funcionários de EMT e a polícia do condado de Campbell estiveram no local e estamos lidando com o assunto. Una-se a nós para rezar por todos os envolvidos neste acidente”.

Os estudantes católicos de Covington foram o centro de uma avalanche de críticas nos meios de comunicação após a Marcha pela Vida 2019, quando um vídeo publicado nas redes sociais os mostrava, supostamente, assediando nativos americanos e membros dos israelitas hebreus negros (BHI, na sigla em inglês).

Inicialmente, o vídeo que se tornou viral mostrava uma multidão de adolescentes cantando, dançando e entoando gritos de “tomahawk chop” (celebração esportiva), enquanto um homem nativo americano um tocava tambor perto de Nick Sandmann, estudante católico de Covington que permanecia em silêncio. O percursionista logo foi identificado como Nathan Phillips, um ancião da tribo Omaha e ativista pelos nativos americanos.

Os estudantes foram alvo de uma condenação generalizada por parte da mídia e de alguns líderes católicos, os quais os acusaram de falta de respeito, racismo e hostilidade.

A diocese à qual Sandmann pertence, assim como sua escola, inicialmente publicaram declarações condenando seu comportamento. Entretanto, a medida que os dias passaram, descobriu-se um vídeo adicional que mostrava um contexto muito mais claro do encontro entre Phillips e Sandmann.

As novas imagens revelaram, na verdade, era Sandmann e seus companheiros de classe que tinha sido hostilizados pelos nativos americanos e pelos israelitas hebreus negros.

Os estudantes negaram ter pronunciado frases racistas e, pelo contrário, afirmaram ter entoado canções escolares para responder às zombarias.

Em janeiro deste ano, CNN concordou em indenizar Nick Sandmann, como consequência de denúncia apresentada por ele contra esta rede, bem como contra The Washington Post e NBC Universal, por 800 milhões de dólares em danos.

O ataque midiático e nas redes sociais custou ao jovem ser assediado e atacado durante vários meses, afetando sua vida e imagem pessoal.

Segundo ‘Washington Examiner’ e as fotos publicadas no Instagram por ‘Catholic Connect’, Sandmann participou da Marcha pela Vida novamente em 2020, embora não esteja claro se estava no ônibus que foi atingido no acidente ou na caravana de ônibus.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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