No México existe uma famosa série de televisão chamada “Rosa de Guadalupe”, que também é transmitida em diferentes países da América Latina. Entretanto, a verdadeira história desta rosa de ouro remonta a séculos passados e contém um profundo sentido espiritual.

A data exata da instituição da rosa é desconhecida. Segundo alguns historiadores, a entrega de uma rosa de ouro se originou antes do reinado de Carlo Magno (742-814 d.C.); outros afirmam que a rosa tem a sua origem no século XII, mas foi em 1049 que o Papa Leão IX começou a tradição de conceder uma rosa de ouro a igrejas e santuários, personalidades católicas da realeza, governos e à hierarquia militar.

A rosa de ouro consiste em uma roseira com flores, botões e folhas delicadamente esculpidos, colocado em um copo de prata renascentista com o escudo papal.

O costume de entregar a rosa suplantou a antiga prática de enviar aos governantes católicos chaves de ouro do confessional de São Pedro, uma prática iniciada no século VIII.

Em 1966, o Papa Paulo VI enviou pela primeira vez uma rosa de ouro à Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe (México).

Por sua parte, o Papa João Paulo II, durante seu pontificado de 27 anos, entregou oito rosas de ouro aos diferentes santuários marianos, inclusive à Basílica de Guadalupe (México) e a Basílica de Nossa Senhora Aparecida (Brasil). Além disso, o Papa Bento XVI também entregou 12 rosas de ouro.

No mês de novembro de 2013, o Papa Francisco enviou a rosa de ouro à Virgem de Guadalupe, a qual foi entregue ao Arcebispo Primaz do México, Cardeal Norberto Rivera Carrera, por ocasião do congresso Mariano “Nossa Senhora de Guadalupe, estrela da nova evangelização no Continente Americano”. Na base do jarro está escrito “Presente do Santo Padre Francisco”.

Atualmente a rosa de ouro é um sacramental (sinal sagrado) abençoado no quarto domingo da Quaresma e ungido com o santo crisma.

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