“Tendo em mente a destrutividade das armas” atuais, “um alargamento do conflito seria uma ameaça à destruição de toda a humanidade”, disse o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, hoje (12) sobre a guerra na Ucrânia.

Parolin disse isso em Zagreb, capital da Croácia, onde esteve para celebrar o 30º aniversário do reconhecimento pela Santa Sé da independência da República Croata e do 25º aniversário da ratificação de três tratados entre o Vaticano e o país europeu.

O cardeal reiterou a intenção da Santa Sé de atuar como mediadora e de que o papa se encontre com Putin em Moscou. “Parece que no momento há pouca esperança”, disse Parolin, “de que uma conclusão consensual da guerra possa ser alcançada, mas a Santa Sé continua disponível para ajudar a acabar com esta guerra o mais rápido possível”.

Durante a homilia em uma missa celebrada em Zagreb, capital da Croácia, o cardeal destacou que "a escuridão da guerra obscurece até mesmo a luz da razão humana e parece derrotar até mesmo o senso comum".

“Nos últimos dois anos temos vivido na escuridão da pandemia, sem saber como agir, sem saber o que fazer. Toda tentativa de solução parecia inadequada. Depois da pandemia veio o conflito na Ucrânia: em experiências tão 'escuras' nos encontramos desorientados, mas a luz do Cristo Ressuscitado é mais forte e dá esperança e consolo, também através de suas testemunhas", disse Parolin.

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