Em mensagem por ocasião do Dia do Trabalhador e de São José Operário, em 1º de maio, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, defendeu a necessidade de “buscar formas de garantir trabalho digno a todos, sem exclusões”.

No vídeo, publicado nesta sexta-feira pela CNBB, o também arcebispo de Belo Horizonte (MG) afirmou que é “gravíssima” a situação de desemprego no Brasil e que “a pandemia agravou o abismo que separa muitos ricos daqueles tantos que não têm nada nem para comer”.

A taxa média de desemprego no Brasil foi de 14,4% no trimestre móvel de dezembro a fevereiro, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São 14, 4 milhões de desempregados. É a mais alta taxa desde 2012, quando começou a série histórica.

“São José Operário, pai adotivo de Jesus, inspire cada coração a reconhecer a essencialidade do trabalho para a conquista de uma vida digna”, expressou.

Dom Walmor recordou os “profissionais da saúde e a todas as pessoas que têm doado a vida em favor dos doentes, prestando serviços essenciais e contribuindo para enfrentar e mitigar as consequências da pandemia”.

Lembrou ainda, “com reverência e solidariedade”, os desempregados, os pequenos empreendedores “angustiados pelas incertezas desse tempo” e as “famílias sem renda mínima para vier com dignidade”.

Em seguida, declarou que é preciso fortalecer e ampliar “urgentemente nossa rede de solidariedade, desdobrando-a em efetivos impulsos por políticas públicas em vista de um novo e justo tecido social e político na sociedade brasileira”.

“Embora todos sofram com a pandemia”, declarou, “suas consequências são mais devastadoras na vida dos pobres e fragilizados. Nesse sentido, citou o Papa Francisco, ao afirmar que “são inseparáveis a oração a Deus e a solidariedade com os pobres e os enfermos”.

“O dia 1º de maio, dedicado a cada trabalhador, faz ecoar o que os bispos do Brasil pedem para este tempo: é cada vez mais necessário superar a desigualdade social no Brasil. Para tanto, devemos promover a política que não se submeta aos interesses econômicos”, completou.

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