As autoridades da China libertaram por alguns dias um bispo fiel à Igreja que esteve detido desde 2007 e que voltará a ser preso em breve.

Segundo ‘Asia News’, as autoridades libertaram Dom Agostino Cui Tai, Bispo de Xuanhua, na província de Hebei, o qual será detido novamente assim que sejam concluídas as celebrações pelo Ano Novo chinês, que começam em 24 de janeiro.

A polícia permitiu que o Prelado passe as festas com sua irmã idosa.

Dom Cui Tai, de 69 anos, é reconhecido pela Santa Sé, mas não pelo governo comunista chinês, que o pressiona para assinar a adesão à igreja “independente” ou oficial.

A prisão do Bispo em 2007 aconteceu de maneira ilegal, sem nenhum tipo de processo jurídico.

Durante esses anos, o Bispo foi frequentemente preso em vários centros de detenção secretos ou em hotéis, ou levado para “viagens” forçadas acompanhadas por funcionários do governo.

No país asiático existe a Associação Patriótica Católica Chinesa, controlada pelo governo, e a Igreja clandestina, subterrânea ou não oficial, que se mantem fiel à Santa Sé.

Na prática, disse em 2019 Pe. Bernardo Cervellera, especialista m Igreja Católica na China e editor da agência de notícias ‘Asia News’, mais do que uma “reconciliação” entre a Associação Patriótica e a Igreja clandestina ou subterrânea, com o acordo provisório entre China e Vaticano para a nomeação de bispos assinado em 2018, “há uma grande pressão sobre a comunidade subterrânea com forte interferência na vida da Igreja”.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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