A plataforma científica Há Alternativas lamentou a utilização do caso de uma menor grávida em Ponferrada (León) para fazer propaganda do aborto sob o pretexto da defesa da saúde da mãe. Seu porta-voz, a doutora Doador Joya, denunciou que com isso "convertemo-nos em defensores de um menor, mas queremos matar a outro".

"O Estado pretende doutrinar às crianças desde muito jovens em todo o referente à prática do sexo, e além disso pretende decidir por eles como, quando e onde ter relações, e como confrontar suas conseqüências. está-se tentando por todos os meios que esta menina não seja consciente da vida que leva em seu seio, dando por fato que não vai ser capaz de entendê-lo nem de assumi-lo, menosprezando assim sua capacidade", assinalou Joya em uma nota emitida pela plataforma sobre o caso da menina grávida supostamente por outro menor membro da mesma família.

Saindo ao encontro das declarações do Ex-defensor do Menor da Comunidade de Madri e atual psicólogo da Promotoria de Menores, Javier Urra, quem assegura que "uma menina grávida não tem capacidade para prever seu futuro e o do filho que espera", Joya assinalou que "afirmar, no século XXI, que uma menina de 11 anos não pode levar adiante uma gravidez nem dar a luz é querer desculpar um fato que não se pode negar: quer matar a um menor inocente pelo só fato de que sua mãe tenha 11 anos".

Pessoas como Urra, prosseguiu a porta-voz dos cientistas, "deveriam medir suas palavras antes de declarar tão alegremente que tem que abortar a essa criança porque sua mãe não é capaz de lhe dar a vida".

Finalmente, a plataforma pediu "que lhes ofereçam à mãe e a sua família todas as alternativas possíveis para que esta gravidez siga adiante, e que se deixe de fazer um uso 'torticero' deste caso para difundir uma cultura da morte em vez de uma aposta pela vida".

"Se em um futuro esta menina, convertida já em mulher, sofrer por ter tomado uma decisão equivocada, ninguém dos que agora rasgam as vestes ante a possibilidade de que esse filho nasça, estará a seu lado. Somente estarão ali os que, agora e sempre, foram os autênticos defensores da vida", concluiu a porta-voz.