Islamabad, 27 de fev de 2020 às 06:00
Três cristãos do Paquistão que trabalhavam na construção de uma capela em Sahiwal, na província de Punjab, foram atacados por um grupo de pessoas que queriam paralisar a construção.
Segundo informou a agência vaticana Fides, nos últimos dias, o grupo de muçulmanos já havia atacado cristãos que manifestaram sua intenção de construir uma pequena capela em uma área do distrito de Sahiwal, onde moram cerca de 120 cristãos.
Gulzar Masih, um dos cristãos locais, dono de um terreno do qual possuía o certificado legal de propriedade, pretendia erguer uma capela simples para o culto dos cristãos, que atualmente precisam percorrer vários quilômetros para ir a uma igreja.
O muçulmano Muhammad Liaqat se opôs à construção questionando a propriedade do terreno e rejeitando a ideia de ter uma capela no povoado. Entre Gulzar e Muhammad começou uma briga que terminou com a chegada da polícia e a prisão de ambos, posteriormente libertados.
Nesse mesmo dia, Mohammad Liaquat e seus cúmplices, desta vez equipados com armas de fogo e cortantes, começaram a demolir o muro que os cristãos haviam feito para construir a capela.
Os cristãos chegaram para evitar a demolição, mas o grupo muçulmano abriu fogo ferindo gravemente vários fiéis.
A ONG CLAAS, que presta assistência jurídica aos cristãos desse povoado, diz que se trata de "uma violação patente do direito ao culto dos fiéis e um abuso realizado pelos cidadãos muçulmanos que usam a violência indiscriminada contra as minorias religiosas".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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