A Conferência Episcopal da Costa Rica (CECR), chamou o Governo e legisladores a não aprovar as uniões homossexuais pelo bem da instituição familiar e do verdadeiro matrimônio entre um homem e uma mulher.

Em um comunicado com data de 12 de dezembro, o Episcopado costa-riquenho recordou que o matrimônio é a base da família e portanto “é um valor muito importante que deve ser defendido de toda ameaça que ponha em risco sua solidez, sua natureza particular, propriedades essenciais e finalidades inegáveis”.

“Isso –indicaram os bispos-, nos levou a opor, reiteradamente, os distintos projetos que, aberta ou secretamente, pretendam equiparar as uniões entre pessoas do mesmo sexo com o matrimônio heterossexual pois, a legalização destas, deforma a percepção dos valores morais fundamentais e deteriora a instituição matrimonial, como tal”.

Os bispos reiteraram o respeito que a Igreja tem por todo ser humano e rechaçaram “toda real discriminação” contra as pessoas com tendência homossexual. “Não obstante, a Igreja distingue entre o respeito a toda pessoa, independentemente, de sua orientação sexual, e o rechaço das práticas homossexuais, como ato objetivamente contrário ao plano de Deus para o ser humano”, esclareceram.

Por isso, rechaçaram que as organizações homossexuais, bissexuais e transexuais (LGTB), sigam “promovendo, com o apoio de alguns meios de comunicação, e de alguns membros de partidos políticos, diversas iniciativas em altares do reconhecimento legal das uniões homossexuais, tais como uma reforma ao Código de Família, para modificar a união de fato ou os projetos de lei de Sociedades de Convivência”.

Os bispos da Costa Rica esclareceram que não é necessário legalizar estas uniões para evitar que os conviventes “percam o efetivo reconhecimento dos direitos comuns que têm assim as pessoas e cidadãos”.

“Em realidade, como todos os cidadãos, também eles, graças à sua autonomia privada, podem sempre recorrer ao direito comum para obter a tutela de situações jurídicas de interesse recíproco. Pelo contrário, constitui uma grave injustiça sacrificar o bem comum e o direito da família com o fim de obter bens que podem e devem ser garantidos por um caminho que não fira a generalidade do corpo social”, expressaram.

Os prelados fizeram uma chamado ao Governo, ao Poder Legislativo e Judicial, para que revisem a constitucionalidade destes projetos. “Em particular aqueles que confessa a fé em Cristo, queríamos insistir-lhes a consagrar-se com sinceridade, retidão, com caridade e fortaleza à missão a vocês confiada pelo povo, ou seja, legislar sobre a base dos princípios éticos e em benefício do bem comum”, concluíram.