O Papa Francisco celebrou na quinta-feira, 25 de janeiro, as Segundas Vésperas da Solenidade da Conversão de São Paulo e destacou que o apóstolo “recebeu a experiência da graça, que o chamou a procurar a comunhão com os outros cristãos”.

“Quantos irmãos hoje sofrem perseguições pelo nome de Jesus! Quando o sangue deles é derramado, mesmo se pertencem a confissões diversas, tornam-se juntos testemunhas da fé, mártires, unidos no vínculo da graça batismal”, afirmou na Basílica de São Paulo Extramuros.

Na celebração, que conclui a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o Santo Padre assinalou que “todos nós, cristãos, passamos pelas águas do Batismo e a graça do Sacramento destruiu os nossos inimigos, o pecado e a morte. Das águas alcançamos a liberdade de filhos, emergimos como povo, como uma comunidade de irmãos e irmãs salvos”.

Em seguida, o Pontífice destacou que “São Paulo, cuja conversão é celebrada hoje pela Igreja, recebeu a experiência da graça, que o chamou a tornar-se, de perseguidor, apóstolo de Cristo”.

“A graça de Deus o levou a procurar a comunhão com os outros cristãos, rápido, primeiro em Damasco e depois em Jerusalém. E está é a experiência dos crentes: à medida que crescem na vida espiritual, compreendem melhor que a graça é para ser partilhada com os outros”, afirmou.

Nesse sentido, disse que quando agradeço “a Deus pelo que ele fez em mim, descubro que não canto sozinho, porque os outros irmãos e irmãs cantam a mesma canção de louvor. As diversas confissões cristãs tiveram essa experiência. No último século, finalmente entendemos que estamos juntos nas margens do Mar Vermelho”, como Moisés e os israelenses que fugiam do faraó.

Deste modo, indicou que “quando dizemos que reconhecemos o Batismo dos cristãos de outras tradições, confessamos que eles também receberam o perdão do Senhor e a graça que atua neles”.

“Juntos aos amigos de outras tradições religiosas, enfrentam desafios que degradam a dignidade humana: fogem de situações de conflito e de miséria, são vítimas do tráfico de pessoas e de outras escravidões modernas, sofrem necessidades e fome, um mundo cada vez mais rico de meios e pobres de amor, onde as desigualdades continuam aumentando”, expressou.

Entretanto, disse que como os israelenses do êxodo, os cristãos são chamados a proteger juntos a memória do que Deus fez neles. “Revivendo esta memória, possamos apoiar-nos uns aos outros e enfrentar, armados somente de Jesus e da doce força do seu Evangelho, todo desafio com coragem e esperança”, concluiu o Papa.

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