A arquidiocese de Évora, em Portugal, informou ontem (11) que em 22 de junho “tomou conhecimento” de “dois atos enquadráveis como possíveis abusos sexuais” contra dois menores de idade cometidos em 2020 e 2021 por “um colaborador leigo da Paróquia de Nossa Senhora da Oliveira”. Segundo a imprensa portuguesa, o leigo acusado de abusar dos menores era catequista e responsável pelos acólitos da paróquia.

“A arquidiocese deplora esses fatos gravíssimos e expressa aos menores, às famílias e às comunidades a sua dor profunda. A Comissão Diocesana para Proteção de Menores foi de imediato notificada para se encontrar com os pais, os escutar, e oferecer-se para ajudar em tudo o que seja necessário”, afirmou a arquidiocese.

Nos dois casos, o pároco, padre Heliodoro Nuno, foi alertado pelos familiares das vítimas. O sacerdote “limitou as tarefas do suspeito, mas sem êxito, tornando, infelizmente, possível a reincidência”, disse a arquidiocese.

Segundo o site Correio da Manhã, o suspeito de cometer os abusos foi investigado pela Polícia Judiciária e está em prisão preventiva. O padre foi acusado pelo Ministério Público pelo crime de omissão e afastado de seu cargo pela arquidiocese de Évora.

“A arquidiocese, dentro da sua competência, após conhecer os fatos tomou medidas para proteger a Paróquia de qualquer ameaça aos menores e abriu uma averiguação interna ao sucedido para procurar que uma situação semelhante não se repita. No âmbito dessa averiguação, e por motivos cautelares, decidiu também o afastamento preventivo do pároco de todas as tarefas pastorais, até à conclusão dos procedimentos canônicos”, informou em nota.

A arquidiocese disse ainda que “colaborará com as autoridades civis em tudo o que for conveniente e respeitará as decisões da Justiça”.

Por fim, disse renovar “o compromisso de continuar este duro caminho de reconhecer a verdade, acompanhar as vítimas, colaborar com as autoridades, reforçar a prevenção”. A arquidiocese “tem consciência da responsabilidade que tem diante de Deus, diante dos menores, diante das famílias, diante das comunidades”, concluiu a nota.

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