“Nossa Igreja no Brasil tem sido construtora e testemunha de um processo amadurecido e consistente de discernimento e assimilação do caminho de renovação e empreendido, como fruto do Concílio Vaticano II, um processo marcado por desafios, aprendizados e superações. Reafirmamos nosso compromisso eclesial com a continuidade deste caminho e a convicção de que, entre nós, não há espaços para retrocessos”, disse CNBB em carta à Igreja no Brasil sobre o caminho sinodal para as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora.

Segundo a carta da CNBB, as novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), tem como objetivo traçar planos e propósitos que ajudem a direcionar os trabalhos das dioceses e movimentos eclesiais em todo o Brasil e estas, serão estendidas até 2025 para a construção das novas Diretrizes.

Segundo a carta, os bispos vão “prolongar o exercício da escuta, acolhendo a síntese das respostas ao Sínodo sobre a Igreja Sinodal apresentadas pelas dioceses, as reflexões oferecidas pelos bispos e pelos organismos do Povo de Deus na 59ª Assembleia Geral da CNBB e outras contribuições que forem aportadas”.

Para o ano de 2023 eles propõem “a vivência de um tempo de discernimento que se desdobre na compreensão de conceitos presentes nas Diretrizes, na apresentação concreta de metodologias e indicações pastorais, à luz das Constituições principais do Concílio Vaticano II”

 Em 2024 a CNBB se dedicará “à recepção e aprofundamento das indicações do documento final do Sínodo em curso, e à oração, como preparação imediata ao Jubileu Ordinário de 2025”

Ainda conforme a carta, em 2025 os bispos apresentarão um novo texto das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil que vai ser apresentada na 62ª Assembleia Geral da CNBB. “Fruto maduro de todo esse nosso percurso paciente e participativo”, diz os bispos na carta.

“Precisamos avançar e construir caminhos novos, conscientes de que caminhar juntos exige de todos nós: mais fraternidade e menos rivalidade; mais partilha e menos egoísmo; mais cooperação e menos competição; mais sentido da vida cristã em comunidade (“diocesaneidade”) e menos individualismo na vivência da fé; mais abertura à escuta e ao diálogo e menos imposição das próprias ideias e decisões; mais flexibilidade e menos resistência à ação do Espírito Santo; menos medo e mais ousadia e profetismo para assumir os riscos do testemunho da fé”, relata carta da CNBB.

Com esse processo de escuta os bispos estão convidando as comunidades a responderem a seguinte pergunta:  “Diante do atual contexto social e eclesial, o que devemos considerar na elaboração das próximas Diretrizes? ”E enviarem a resposta no e-mail da Comissão do Tema Central: temacentral@cnbb.org.br, até o dia 31 de julho de 2023.