Em declarações ao jornal italiano La Repubblica, o Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Paul Poupard, considerou urgente resolver a falta de liberdade religiosa e a discriminação contra os cristãos na Turquia antes de decidir sua participação na União Européia (UE).

O Cardeal indicou que "sobre a entrada da Turquia na UE será preciso comprovar as intenções reais que o país tem para resolver os vários problemas que tem em seu interior", como a "falta de liberdade religiosa e que os cristãos sejam considerados cidadãos de segunda categoria. Tudo isto para um futuro país da UE é simplesmente absurdo".

"Cada vez que visitei os cristãos de Istambul e Antióquia vi as dificuldades nas quais vivem e que faltam às vezes os direitos humanos mais elementares", indicou o Cardeal Poupard e acrescentou que "se o acordo das negociações comporta o reconhecimento destes direitos, então me alegro mas tem que ser um acordo concreto e não de fachada".

O Cardeal considerou que a possível entrada da Turquia na UE "é o início de um caminho, de um diálogo e de uma disponibilidade que, espero, não seja só uma fachada".