O grupo pró-vida Susan B. Anthony List, nos Estados Unidos, está realizando uma campanha publicitária em vários estados para convencer os deputados federais do partido democrata a deixar de apoiar o financiamento do aborto com fundos federais.

A campanha foi anunciada na semana passada e se dirige a 20 deputados democratas. Entre suas estratégias, o grupo está visitando cada um dos Estados e distritos originários dos membros do Congresso. Além disso, estão fazendo anúncios digitais, ligações telefônicas aos eleitores e uma conferência de imprensa em três estados.

A vice-presidente de comunicações e porta-voz nacional do grupo Women Speak Out, Mallory Quigley, afirmou que “a maioria dos americanos são contra o financiamento do aborto pelos contribuintes”. Infelizmente, “a maioria dos democratas não tem nenhum problema em ignorar seus eleitores quando votam de forma unânime pela indústria do aborto”, acrescentou.

Ela também afirmou que os senadores e representantes “que insistem em obrigar os contribuintes a financiar o aborto” tardio, sem limites, verão as consequências de “seu extremismo nas urnas”.

O grupo CatholicVote participou da coletiva de imprensa realizada em frente aos escritórios dos deputados democratas das cidades de Raleigh, Atlanta e Tucson. CatholicVote informou que os líderes dos grupos estatais pró-vida e dezenas de ativistas locais participaram dos encontros.

Entre os 20 democratas apontados pela campanha, estão o senador recém-eleito Raphael Warnock, o senador Mark Kelly, e os representantes católicos Tim Ryan, Tom O'Hallerhan, Cindy Axne, Matt Cartwright, Vicente González, Peter DeFazio e Conor Lamb.

Eles se opõem à Emenda Hyde, uma norma pró-vida que proíbe o financiamento federal de abortos voluntários. A alteração foi introduzida pela primeira vez em 1976 e é aprovada anualmente como um anexo do projeto de lei orçamentaria.

Existem políticas parecidas em outras partes do processo de financiamento federal que proíbem o financiamento de abortos em nível internacional e nacional.

O presidente Joe Biden, que em outras épocas apoiou a Emenda Hyde no Senado, agora se opõe à política e a excluiu do orçamento apresentado ao Congresso para o próximo ano fiscal.

Os líderes pró-vida afirmam que, além dos esforços para eliminar a Emenda Hyde dos projetos de lei de atribuições, também existe um pacote orçamentário de 3,5 bilhões de dólares que poderia incluir gastos de bilhões em cuidados médicos, mas sem proteções pró-vida.

Se o pacote for aprovado sem atender à vida das crianças por nascer, o financiamento dos abortos e a cobertura do aborto poderiam ser ainda maiores.

A votação final do pacote de lei orçamentária será em setembro, tanto na Câmara dos Representantes como no Senado.

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