Os Bispos dos Regionais Oeste 1 e 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) emitiram uma carta aberta sobre as queimadas no Pantanal, na qual exortam a salvar este bioma.

“A Igreja se une num forte grito pela defesa, promoção e cuidado com a Vida, em todas as suas formas e expressões. É preciso conter e apagar o fogo que vai avançando com poder destruidor, e assim salvar o Pantanal”, pedem os bispos dos dois regionais que abrangem os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Nos últimos dias, o Pantanal tem sofrido a pior queimada desde 1998, quando teve início o monitoramento, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Por esta razão, os Bispo do Oeste 1 e 2, que englobam dioceses pantaneiras, publicaram a carta aberta expressando “profunda preocupação com as terríveis queimadas no Pantanal”.

Assinam a missiva Dom Dimas Lara Barbosa, Arcebispo de Campo Grande e presidente do Regional Oeste 1; Dom Canísio Klaus, Bispo de Sinop e presidente do Regional Oeste 2; Dom João Aparecido Bergamasco, Bispo de Corumbá; Dom João Gilberto de Moura, Bispo de Jardim; Dom Antonino Migliore, Bispo de Coxim; Dom Jacy Diniz Rocha, Bispo de Cáceres; Dom José Vieira de Lima, Bispo Emérito de Cáceres; e Dom Juventino Kestering, Bispo de Rondonópolis-Guiratinga.

Os Prelado manifestam a “solidariedade e compromisso” com todo os envolvidos na causa ambiental, citando “militares, bombeiros, brigadistas, servidores e voluntários, bem como os irmãos e irmãs ribeirinhos, pantaneiros e indígenas, que dependem diretamente deste bioma para sua sobrevivência”.

“Lamentamos, ao mesmo tempo, o desmonte das instâncias de fiscalização e punição e denunciamos as providências insuficientes e tardias que favorecem este incêndio sem controle e que está queimando tudo e matando a Vida”, afirmam.

Além disso, os Bispos reivindicam “que as autoridades se empenhem e se mobilizem com a máxima urgência e que seja feita uma investigação séria, responsabilizando e punindo os possíveis culpados com a reparação justa e necessária pelos danos causados”.

“As ações emergenciais são necessárias, mas não bastam; é preciso desenvolver e aplicar políticas públicas sérias de prevenção e de proteção a curto, médio e longo prazo”, acrescentam.

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