Bispos dos Estados Unidos acusaram o projeto de lei de recursos que tramita no Congresso de ser o “mais radicalmente abortista já visto”. Em declaração publicada no dia 13 de julho, o arcebispo de Nova York, cardeal Timothy Dolan, e o arcebispo de Kansas City, dom Joseph Naumann, disseram que a lei orçamentária “obrigaria os contribuintes a pagar pelos abortos voluntários” e obrigaria os profissionais da saúde a fazer abortos mesmo contra “suas crenças mais profundas”, além de obrigar “os empregadores e seguradoras a cobrir e pagar os abortos”. Dolan é o chefe do Comitê de Liberdade Religiosa da conferência episcopal americana, e Naumann é o chefe do Comitê de Atividades Pró-vida da entidade.

O projeto de lei de recursos para o trabalho, saúde, serviços humanos, educação e agências relacionadas, não adota a Emenda Hyde, que proíbe o financiamento de abortos voluntários com dinheiro do goverrno dos EUA e é aprovada como anexo à lei orçamentária todo ano desde 1976. Também não adota a Emenda Weldon, de 2005, criada para negar fundos federais a governos estaduais ou locais que discriminem agentes da saúde que se recusem a financiar abortos.

“Ao eliminar a Emenda Hyde e outras políticas similares, os benefícios econômicos do trabalho dos americanos se destinariam à destruição dos seres humanos menores e vulneráveis”, disseram os bispos. “A eliminação da Emenda Weldon seria uma evidente violação do direito à objeção de consciência, porque forçaria indivíduos e entidades a realizar, pagar ou participar de alguma ou outra forma de abortos, contra suas convicções”.

Para os arcebispos “o aborto não é uma assistência à saúde nem um ´serviço humano´ para ninguém. Ao contrário: o aborto é desumano”. “É a morte dolorosa de um bebê inocente e muitas vezes deixa as mulheres fisicamente feridas e emocionalmente arrasadas”.

“Pedimos ao Comitê de Subsídios da Câmara que reverta o processo deste projeto que estende o financiamento do aborto e que restabeleça as medidas das Emendas Hyde e Weldon que salvaram milhões de vidas e protegeram o direito à objeção de consciência”, acrescentaram.

Os arcebispos também encorajaram “os católicos e pessoas de boa vontade a entrarem em contato com seus representantes e fazer com que suas vozes sejam escutadas”. “As vidas de milhões de crianças vulneráveis e o bem-estar das suas mães dependem da nossa luta”, afirmaram.

O Comitê de Atividades Pró-vida publicou pedido através da internet, dirigido aos legisladores, solicitando-lhes que preservem a Emenda Hyde. Você pode assiná-lo AQUI.

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