Os bispos dos Estados Unidos pediram ao Congresso nesta quarta-feira que o próximo pacote de ajuda para a luta contra o coronavírus inclua "políticas que defendem a vida" e rejeitem o financiamento do aborto.

Os prelados indicaram que essas medidas “devem promover a dignidade e o valor da vida humana e proteger os pobres e vulneráveis ​​que estão em maior risco”.

“Por isso, exortamos vocês, da maneira mais enérgica possível, a usarem o dinheiro e as políticas nestas normas para financiar e promover políticas que defendam a vida e não continuar com a destruição da vida inocente dos nascituros”, exortaram.

A carta está assinada pelo Arcebispo de Oklahoma City e chefe do comitê de justiça doméstica do Episcopado, Dom Paul Coakley; o Bispo de Rockford e chefe do comitê internacional de paz, Dom David Malloy; o Bispo de Oakland e presidente do comitê de educação, Dom Michael Barber; Dom Shelton Fabre, chefe do comitê antirracismo; Dom Mario Dorsonville, chefe do comitê de migração; e o Arcebispo Joseph Naumann, chefe do comitê pró-vida.

O presidente Joe Biden propôs um pacote de 1,9 trilhão de dólares que foi aprovado pelo Senado dos EUA nesta sexta-feira. Após 15 horas de debate e votações, houve um empate de 50 contra 50 que foi resolvido pela vice-presidente democrata, Kamala Harris, que votou a favor do pacote de auxílio.

No início deste mês, os grupos pró-vida expressaram preocupação à CNA, agência em inglês do Grupo ACI, afirmando que o pacote de ajuda ou auxílio contra a Covid-19 poderia destinar fundos federais para financiar o aborto.

Em sua carta, os bispos reiteraram sua postura contra esse financiamento: "Qualquer opção pública para a atenção médica ou esforços similares para aumentar o acesso aos cuidados de saúde deve incluir proteções contra o uso do dinheiro dos contribuintes para abortos eletivos".

Os bispos também pediram aos congressistas que aumentem os benefícios do vale alimentação, assistência de aluguel de emergência, que forneçam "testes, vacinação e tratamento para Covid-19 para todos", que aumentem os recursos para o programa de saúde Medicaid para os estados; e que forneçam equipamentos de proteção e licenças remuneradas aos trabalhadores.

Além disso, solicitaram um "acesso equitativo" à ajuda de emergência para as escolas não públicas, "um status legal e um caminho para a cidadania" para os trabalhadores essenciais, Dreamers (os jovens que se beneficiam do programa DACA para imigrantes) e beneficiários do TPS (status de proteção temporária) e suas famílias. Eles também defenderam uma expansão da linha beneficente de redução de impostos.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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