O arcebispo da Filadélfia, dom Nelson Pérez, e outros três bispos cubanos dos EUA expressaram solidariedade e apoio aos milhares de cidadãos que saíram às ruas de Cuba para pedir liberdade na ilha. “Nas dramáticas e corajosas imagens que deram a volta ao mundo”, vimos que “o povo de Cuba saiu às ruas em demonstrações massivas de solidariedade, em povoados, aldeias e cidades, nos dias 11 e 12 de julho”, afirma uma nota da arquidiocese da Filadélfia. “Como cubanos e como bispos da Igreja Católica nos Estados Unidos, estamos sempre conscientes dos sofrimentos constantes e da frustração de nossos irmãos e irmãs na ilha”, diz a nota assinada por dom Pérez, dom Manuel Cruz, bispo auxiliar de Newark, dom Felipe Estévez, bispo de Santo Agostinho, e dom Otávio Cisneros, bispo emérito de Brooklyn. “O direito e a coragem do povo de Cuba de elevar publicamente sua voz, afastando o temor da repressão e revelando uma autêntica solidariedade como povo, são reconhecidos e aplaudidos”, disseram os bispos.

“Seu slogan ´Pátria e Vida´ expressa a frustração ao experimentar um número recorde de casos de covid-19, falta de vacinas, de adequada assistência médica e dos suprimentos necessários: são circunstâncias desumanas, que agravam a falta de alimentos e de cobertura das necessidades básicas”, afirma o texto.

Os bispos disseram que o “´canto de liberdade´ também revela o desejo de todo cidadão cubano de desfrutar dos direitos humanos básicos, reconhecidos como parte da dignidade humana pelas Nações Unidas, e defendidos por séculos pela Igreja Católica e seu ensino social”.

Os bispos também se disseram muito “preocupados com a reação agressiva do governo às manifestações pacíficas, lembrando que a violência gera violência. Tal reação parece negar o princípio básico cubano de ter uma pátria com todos e para o bem de todos”.

“Expressamos nossa solidariedade com os que foram detidos por terem expressado suas opiniões. Rezamos por suas famílias e pedimos sua libertação imediata”, acrescentaram.

Os bispos também pediram “aos governos internacionais e às organizações de caridade que colaborem diante da urgente crise humanitária, para o bem do povo sofredor de Cuba, especialmente os doentes e os pobres”.

Depois de parabenizar o trabalho da Caritas cubana, os bispos se manifestaram em comunhão com o episcopado de Cuba e “os irmãos e irmãs dentro e fora da ilha. Confiamo-nos ao olhar materno da padroeira de Cuba, Nossa Senhora da Caridade”.

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