Na véspera do início de sua visita à sua terra natal, a Alemanha, os bispos das diocese deste país europeu aonde se encontra o Papa Bento XVI recordaram que o Santo Padre pede aos fiéis que não tenham medo nem se desanimem diante da tarefa de anunciar a Cristo.

Em um artigo publicado no jornal vaticano L’Osservatore Romano (LOR), o Bispo de Erfurt, Dom Joachim Wanke, assinalou que a visita do Papa é histórica pois é a primeira vez que um sucessor de Pedro chega a esta região aonde os católicos são minoria.

"Agora –escreve– é necessária a firmeza para declarar-se cristãos em uma sociedade liberal e aberta". "Me alegro porque a visita do Pontífice (…) contribuirá a reforçar nossa fé", acrescenta.

Ante os desafios "novos e incomuns", diz Dom Wanke, "a pertença à Igreja necessita, mais que anteriormente, de uma força para resistir (…) Deus não deve ser esquecido ou ‘suspenso’. Isto nos ensina o passado".

"O Papa nos ajudará a levar, também hoje, na sociedade nossa fé em Deus e a não ter medo da corresponsabilidade" de anunciar o Evangelho de Cristo a todos, acrescenta.

Por sua parte, o Arcebispo de Berlim, Dom Rainer Maria Woelki, recordou em outro artigo também do LOR que sua arquidiocese foi definida por João Paulo II como a "mais difícil do mundo" por ter estado dividida durante 28 anos pelo muro, um lugar aonde agora "apenas uma de cada três pessoas é parte de uma Igreja cristã".

O Prelado considera que embora "aparentemente não somos muitos, não devemos nos desanimar. Estamos em capacidade de responder a qualquer um que nos pergunte pela razão da esperança que há em nós, a quem nos pergunte qual é o motivo da alegria de viver. Esse motivo tem um nome: Jesus Cristo".

"Quando o Papa chegue a Berlim, estará entre nós um grande europeu, um estudioso completo, um exemplo de fé. E com ele chegará toda a Igreja universal. Estou muito feliz (…) assim como nossos vizinhos poloneses, porque esta festa de fé nos confirmará ulteriormente", acrescentou.

O Arcebispo de Freiburg e Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Robert Zollitsch, escreveu à sua vez no LOR que no sábado 24 pela tarde quando o Papa se encontre com 20 mil jovens para a vigília de oração, "será evidente o muito que a juventude procura apoio e orientação".

"Como nós, nossos vizinhos na França e Suíça estão contentes de que Bento XVI queira dar um impulso precioso à Europa. Sugere-o o próprio lema da visita: ‘Onde está Deus, há futuro’".

"Onde nós os cristãos nos preocupamos dos homens a partir de nossa fé, forjamos o futuro", assegurou.